[Artigo] As Padroeiras regionais dos Vicentinos
O cantor e compositor Roberto Carlos já afirma na Música Nossa Senhora: “Minha mãe, Nossa Senhora, somos todos filhos seus. Todas as nossas senhoras são a mesma mãe de Deus”. A Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa, possui inúmeros títulos e invocações, porém, uma só Ela é.
Nossa Senhora sempre foi uma pessoa presente na vida de Cristo e guardou em seu coração as diversas situações, das mais alegres as mais adversas. Maria é o Refúgio dos Pecadores, Consoladora dos Aflitos e Auxílio dos Cristãos, por isso as suas aparições aconteceram em momentos em que o mundo passava por situações de conflitos. As aparições, portanto, tornaram-se sinais de Deus de que tudo seria superado pela fé. Assim, confirmasse que cada filho de Maria a Ela se confia por acreditar que a Mãe sempre protege e intercede a Jesus.
Dentro deste contexto a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) também consagrada a Imaculada Conceição confia na maternal presença de Maria. Cada Conferência, Conselho Central e Conselho Particular dedica os trabalhos a algum santo ou santa de Deus pedindo a intercessão sobre os trabalhos em favor dos mais necessitados.
Em 1991, a SSVP no Brasil vivia intensas transformações realizadas pela juventude, e neste caminho os Conselhos Metropolitanos começaram a serem regionalizados visando simplificar e melhorar a organização das ações. As Comissões de Jovens criaram uma divisão conforme o trabalho que vinha sendo desenvolvido e consagrou cada região a uma Nossa Senhora.
Sobre este surgimento o confrade Carlos Henrique David, conhecido como Kaike, recorda que a regionalização da SSVP no Brasil nasceu com a juventude. “A intenção de colocar as regiões sob a proteção de Nossa Senhora, com cada região tendo uma padroeira, foi ideia do confrade Pedro Tenuto, e surgiu com a criação dos Regionais na Juventude Vicentina. Como recorda o confrade Cristian, a regionalização veio da juventude. O Conselho Nacional do Brasil fez depois e mesmo assim com divisão diferente, porém não durou muito e passou a se dividir conforme as regiões da Juventude. Isso ocorreu na gestão do confrade Oswaldo Loureiro coordenador nacional. Eu era coordenador de jovens da Região II”.
Sobre a consagração das regiões aos títulos de Nossa Senhora, confrade Kaike destaca ainda que foi algo natural dos Conselhos Metropolitanos. “Em todos os Conselhos Metropolitanos a juventude aceitou muito bem a ideia e cada região escolheu sua invocação, padroeira. Como não tivemos muito tempo para decidir, o assunto não foi muito discutido pelos jovens nas regiões. Cada região escolheu a sua padroeira sem deixar que ocorresse repetição”.
Orlando Inácio, vice-presidente da SSVP no Brasil para Região I, lembra que as cores de cada região surgiram ainda na gestão do confrade Kaike e que também foi uma escolha de cada regional. “As cores foram ainda na sua coordenação do Kaike, pois foi com o confrade Silvio que definimos a cor verde da região, bem como o nome “ENCOFOREGIUM” para o Encontro da Região I em que se reúne os representantes da juventude vicentina. Inclusive em uma das Romarias incentivamos todos a irem de verde. Pode ser que as outras definições vieram depois, mas o próprio mapa do Brasil já trazia as cores”.
O presidente da SSVP no Brasil, confrade Cristian Reis, porém, destaca que na década de 90 apenas algumas regiões definiram as cores, e no ano de 2005, quando liderou a Juventude Nacional definiu por completo, principalmente em razão da Romaria Nacional a Aparecida. “Só algumas regiões incorporaram as cores na década de 90. Quando em 2005 acertei com os regionais e ficou melhor definida de todas as regiões. Como fizemos atividades na romaria com as cores, todas as regiões aderiram.”
Em 2018, os Conselhos Metropolitanos que compõem a Região VI decidiram alterar a cor que os representava. Após votação, durante a Romaria Nacional em Aparecida foi oficializado a rosa como a nova cor que representará a Região consagrada a Nossa Senhora da Conceição e que anualmente realiza Romaria Centenária ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição, no bairro Casa Amarela, área Metropolitana do Recife.
Por Gustavo Correia | Decom CMBH
Artigo publicado na Revista Vicentina Adoremos, Maio.
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