Não foram dez os curados?
Como é maravilhoso todos os dias ao levantar dar graças a Deus pelo dom
da vida, pela saúde, por poder andar, trabalhar, encontrar com os amigos e
pelo simples fato de acordar.
A vida é maravilhosa mesmo se às vezes deparamos com momentos
tristes que nos deixam desalentados e que nos fazem chorar.
Como seria bom viver em um mundo onde não houvessem tristezas,
doenças desilusões, entretanto tais coisas fazem parte da caminhada e
até por elas devemos dar graças, pois se trata de momentos passageiros, e
embora abatidos por tantas coisas, às vezes não agradáveis, peçamos a
Deus que nos dê um espírito forte a fim de não perdermos o foco nEle, pois,
caso isto ocorra corremos o risco de caminharmos sem rumo e em direção
incerta.
Que em nossa vida não percamos as oportunidades de estar com Deus
e aproveitar de sua misericórdia e compaixão, foi isso que os dez
leprosos citados por São Lucas fizeram, aproveitaram o encontro com Jesus para pedirem a cura de suas enfermidades e prontamente foram atendidos, pois o Senhor, quando solicitado, age imediatamente e não escolhe pessoas
para usar de sua misericórdia. Jesus está disposto a derramar sobre todos
os que o imploram as mais copiosas bênçãos de cura e libertação.
O Senhor quer ser e é solidário com os nossos sofrimentos, porém se decepciona quando pedimos, alcançamos as graças e nos esquecemos
de ser gratos. Sua decepção pela nossa ingratidão ficou bem evidenciada na
passagem em que o evangelista (Lucas 17,11-19) narra o encontro e a cura
dos dez leprosos, que no caminho para se apresentarem aos sacerdotes
ficaram purificados e ao se verem livres do mal que os afligiam continuaram
seu caminho com exceção de um que vendo-se livre da doença voltou para
agradecer e glorificar a Deus.
Que isso não aconteça conosco, sejamos gratos a Deus por todas as maravilhas que Ele, diariamente, realiza em nossas vidas agradecendo
principalmente pelo dom da vida que nos é concedido a cada amanhecer.
Confrade Luiz Gregório da Silva