As alegrias e os desafios de ser Vicentino
Graças a Deus, o trabalho vicentino vem sendo reconhecido pela sociedade civil em geral. Entidades do terceiro setor, governos, parlamentos, empresas privadas, enfim, todas essas instituições apoiam e respeitam os projetos, programas e as iniciativas desenvolvidas pelos vicentinos em favor dos irmãos brasileiros mais humildes, os excluídos de uma sociedade desigual, egoísta, indiferente e, a cada dia que passa, mais refratária ao sagrado e ao divino.
O país ainda é muito injusto e desigual. Estima-se que haja 13 milhões de analfabetos, 14 milhões de desempregados e 22 milhões de brasileiros vivendo na extrema pobreza. E o tratamento de esgoto ainda não chegou para 45% da população. Essas estatísticas, por si só, demonstram, em pleno século XXI, as enormes dificuldades que todos nós temos a enfrentar e a vencer. É um desafio econômico, mas, sobretudo, moral, uma obrigação que a nossa sociedade precisa cumprir para ser considerada justa e igualitária.
De que adianta eu viver bem se meu irmão, ao meu lado, sofre e precisa de tudo? É uma “falsa alegria”, um “falso contentamento”. Isso vai cobrar caro; já está cobrando caro, com o aumento dos índices de violência, a intolerância, a desagregação familiar, as drogas e a desesperança social. É urgente que todas as esferas envolvidas unam esforços no sentido de oferecer respostas efetivas a esses males que assolam grande parte dos nossos irmãos brasileiros.
É nesse cenário social desafiador e inquietante que se inserem os vicentinos, ajudando a fazer a ponte entre os que têm pouco com aqueles que têm bastante de sobra, por meio do trabalho abnegado das Conferências, dos Conselhos e das Obras.
Ser vicentino é fazer as pessoas felizes. O vicentino é um eterno abençoado. É um missionário vocacionado, por natureza. Dedicado às causas altruístas. Discreto e sensível em estender a mão amiga a quem dela precisa. Possui amigos em todas as partes do mundo. Defensor da família e dos valores do Evangelho. Pessoa de fé, católico praticante e apoiador da Igreja. Pessoa de oração e de ação. Sempre disponível e solidário. Criativo e inovador. Propagador da cultura da paz.
Amante da justiça e inconformado com as injustiças sociais. Difusor da Doutrina Social da Igreja. Focado no próximo, focado no outro. Voluntário por natureza. Educador de mão cheia. Comprometido com a construção de um mundo melhor, mais justo e isonômico, com oportunidades para todos. Essas são algumas características do vicentino. Por isso afirmei, logo no início dessa lista, que “o vicentino é um eterno abençoado”.
Ser vicentino foi a melhor coisa que fizemos em nossas vidas! E Deus conta conosco para levar a Sua palavra e a Sua salvação a todos. Mãos à obra!
Confrade Renato Lima – 16° Presidente Geral da SSVP