A caridade não tem fronteiras
Realmente, a caridade não tem fronteiras. Ou seja, se deparo com uma pessoa com fome, frio ou doente, tenho o dever de ajudá-la imediatamente de acordo com a urgência que o caso requer e dentro das minhas possibilidades. Mas no caso da SSVP, o problema é que muitos fazem dessa afirmativa uma justificativa para não admitirem que estão agindo de forma errada.
Cada Conselho Particular tem uma área de atuação que deveria ser bem definida geograficamente. Ao tomar conhecimento de um pedido de ajuda a uma família que está na área de outro Conselho Particular, é necessário procurar os vicentinos daquela área e verificar a possibilidade de prestar a devida assistência. Em caso afirmativo, passa os dados e resolveu o problema.
O que vier depois, é de incumbência dos membros daquela unidade. Não havendo possibilidade, cabe à unidade dar assistência e comunicar aos dois Conselhos para evitar dupla assistência. O que se nota é que muitas Conferências recebem o pedido e, sem nenhum critério, adota aquela família. E, na maioria das vezes, vem as consequências como dupla assistência, falta de acompanhamento e famílias sendo “assistidas” indevidamente.
Frequentemente, deparamos com casos de dupla e até tripla assistência e outros fatos lamentáveis que demonstram falta de organização. Os Conselhos Particulares deveriam ter a relação de todas as famílias que são assistidas pelas Conferências a eles vinculadas. Vamos ser mais criteriosos em nosso trabalho! E assim, ele possa ser mais eficaz e fortaleça a nossa santificação.
São Vicente de Paulo nos ensinou que a caridade não tem fronteiras, mas tem que ser organizada.
Por Confrade Wilson José Pinto
Conferência Santa Gemma Galgani