Vicentinos em Belo Horizonte refletem sobre acolhida em Seminário
Com inspiração nas palavras do papa Francisco, “Amar a vida é sempre cuidar do outro, querer o seu bem, cultivar e respeitar sua dignidade transcendente”, confrades e consócias da região metropolitana de Belo Horizonte se encontraram no último sábado (14), no coração vicentino de Minas Gerais, a Cidade de Ozanam, no bairro Ipiranga (BH/MG), durante o Seminário do CMBH.
A Santa Missa celebrada pelo assessor espiritual, pe. Juarez Soares (CM), no Salão de Eventos do Lar dos Idosos Chichico de Azevedo, abriu as atividades do dia convidando à oração pela paz na Síria e pelo constante espírito de acolhida que todos os vicentinos devem estar. Padre Juarez, durante a homilia destacou que o medo não pode tomar conta de nosso ser. “Não é fácil entrar numa canoa, mar adentro e o vento balançar. Os discípulos, no evangelho, estavam a noite, navegando contra a corrente, com medo e inseguros. Mas quando avistaram Jesus quiseram detê-lo. É bom estar com o Mestre, entretanto Jesus não é só meu. Ele é de todo mundo. Cristo veio para todos. Irmãos e Irmãs, que possamos vencer como grupos da Família Vicentina, o medo, para continuar servindo. Quando a gente está com medo as coisas vão ficando muito emperradas, amarradas. Não tem muita condição de remar. Acredite no Ressuscitado! Na certeza da sua presença vamos vencer com coragem, sendo mais assíduos, mais acolhedores.”
O seminarista Marcos Bento, da Diocese de Livramento de Nossa Senhora (BA), que reside em Belo Horizonte, proferiu a formação principal, iluminado pelas palavras do papa, direcionadas à acolhida. “Porque a morte nos assusta mais que o nascimento de um bebê?”, refletiu convocando todos a valorizarem os pequenos gestos de anúncio do amor como o sopro da vida. As oficinas desta edição foram Recrutar Já – conduzia pelas consócias Amanda Dias e Ana Alice França, Mapas Financeiros – conduzida pelo confrade Walter, tesoureiro do Conselho Nacional do Brasil (CNB) e Missionário Permanente – coordenada pelos confrades José Antunes e Wilson Pinto.
O confrade Walter Araújo, membro da Conferência São Sebastião (Contagem-MG), está como atual 1º tesoureiro do Conselho Nacional. Na oficina dos novos mapas financeiros e estatísticos propostos pelo CNB, reforçou que todas unidades vicentinas precisam cumprir a regra adotando a unidade como linguagem de nosso carisma. “Esta nova ferramenta contribui para que os Conselhos Superiores, na hierarquia da SSVP, conheçam a realidade das bases e com ajuda das décimas consigam administrar melhor o que é dos pobres, conforme orienta a Regra”.
A temática do Seminário promovido pelo CMBH sempre está voltado para os assuntos emergentes na Sociedade de São Vicente de Paulo, neste ano sendo a acolhida e os novos mapas financeiros implantados em 2015 pelo Conselho Nacional. O confrade Jeremias Farias Júnior, taxista, vicentino há 50 anos, presidente do Conselho Central São Mateus, participou com mais 6 vicentinos representando o Conselho, e gosta de estar nos encontros promovidos na SSVP por serem oportunidades de crescimento do amor aos pobres. “A cada encontro que a gente participa, é algo mais que levamos conosco. Este Seminário, por exemplo, colocou formações importantes, coisas novas, como tesouraria e a palestra do Seminarista. É um grande ganho a participação nesses encontros, neste Seminário.”
“O Seminarista Marcos, falou que é muito bom a gente mostrar que é cristão na teoria, mas o problema é na prática. Ele foi bem a fundo e demonstrou o sentido do ser cristão”, reflete o confrade Wilson Pinto, que participa da Conferência Santa Gemma Galgani, na região do Betânia (BH), que conduziu as visitas missionárias no Lar Chichico de Azevedo. Para ele a formação principal sobre a acolhida foi muito importante, falando muito sobre a essência da nossa fé.
A secretária do Central N.Sra do Pilar, Regina Assunção, participa da Conferência Nossa Senhora da Glória, e a oficina que mais lhe tocou foi a visita no Lar dos Idosos. “Lá, tive a oportunidade de perceber como é um lugar do cuidado, tudo organizado, feito com amor. Chegando lá ainda participamos com os idosos do terço rezado ao meio dia”, finaliza a consócia.
Para o presidente do Conselho Metropolitano de Belo Horizonte, confrade Wellington Corrêa, o Seminário tem o papel de ressurgimento de oportunidades e de encontro de novos caminhos. “Participar deste seminário é de suma importância para os confrades, principalmente neste momento em que estamos vivendo um tempo de reestruturação do Conselho Metropolitano. Um divisor de águas. A proposta é justamente recriar, como se fosse um ressurgimento, de uma nova etapa, de uma nova vida para os confrades. É uma esperança que tenho”.