Vamos aos pobres: SSVP completa 182 anos
O calendário marcava 23 de abril do ano de 1833. Insatisfeito com a pobreza que assolava a França, um jovem de 20 anos, chamado Antônio Frederico Ozanam, ao lado de amigos, fundou o que conhecemos hoje como Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP). Ele era sonhador e tinha esperanças em tornar o mundo mais justo. “Gostaria de reunir o mundo inteiro em uma grande rede de caridade”, dizia Ozanam. E conseguiu. Atualmente é um dos movimentos mais atuantes do mundo na promoção das pessoas mais necessitadas.
Homens, mulheres e também crianças de todo o mundo se reúnem semanalmente para discutir soluções e ajudar famílias que vivem à margem da sociedade. Ir ao encontro do mais pobre: essa é a missão da Sociedade São Vicente de Paulo. O patrono da associação, que dá nome a SSVP, foi exemplo de caridade e amor ao próximo. Frederico Ozanam, em uma carta endereçada a um amigo em 1838, revelou os motivos da escolha de Vicente de Paulo como padroeiro da Sociedade. “É um modelo que se torna necessário imitar, como ele próprio imitou o modelo divino que é Jesus Cristo. Um duplo culto lhe é devido: o de imitação e o de invocação”, destacou o fundador da SSVP. São Vicente de Paulo, conhecido como o pai da caridade, sempre foi modelo para o mundo. “Ao socorrer os pobres estamos fazendo justiça e não misericórdia”, dizia. Os ensinamentos de Vicente são mais do que atuais.
O movimento, que teve início na França, se espalhou pelo país, pela Europa e ganhou seguidores em outras partes do mundo. O pedido de Ozanam “vamos aos pobres” ecoa em diversos lugares. Atualmente, a SSVP está presente em mais de 140 países e tem cerca de 800 mil membros espalhados em mais de 51 mil conferências. Neste mês de abril, a Sociedade chegará a mais um país. Membros da coordenação da América do Sul vão fundar a primeira conferência vicentina no Suriname, que fica ao norte do continente – um verdadeiro presente para a SSVP. Além disso, voluntários fazem missões para fortalecer a instituição, como aconteceu no Paraguai, em março.
O Brasil é o maior país vicentino do mundo. Conta, sozinho, com mais de 250 mil membros – segundo estimativas do Conselho Internacional da Sociedade São Vicente de Paulo. São mais de 17 mil conferências em todas as regiões de norte a sul, de leste a oeste. Minas Gerais é um dos importantes estados que ajudam a somar forças à SSVP. Na área de atuação do Conselho Metropolitano de Belo Horizonte, por exemplo, são mais de mil grupos vicentinos espalhados em 16 cidades da região metropolitana do Estado.
Os trabalhos com os menos favorecidos são diversos. Além da doação de alimentos, que matam a fome de pão, os vicentinos levam a palavra de Deus, satisfazendo também o lado espiritual dos mais necessitados. Há, ainda, registro de trabalho dos vicentinos em abrigo, que recebe moradores em situação de rua, creches que acolhem milhares de crianças e vários outros lares de idosos, que dão amparo às pessoas da melhor idade.
Por se um movimento fundado por jovens, não podia ser diferente, a juventude da SSVP se destaca nos trabalhos desenvolvidos. Assim, a Sociedade de São Vicente de Paulo se mantém sempre renovada graças às orações e a força do Espírito Santo, que acende em pessoas de bom coração a chama da caridade.
(Texto original publicado na Adoremos, Abril/2015 – Autor: André Peixoto/Assessoria de Comunicação)
Você sabia?
A primeira conferência no Brasil, que homenageia São José, foi implantada em 1872,
no Rio de Janeiro.
Reconhecida pelo trabalho, a SSVP recebeu em 2004 o Prêmio Direitos Humanos, na
categoria Idosos, oferecido pelo Governo Federal.
No dia 27 de setembro, data em que celebramos o dia de São Vicente de Paulo,
comemoramos o “Dia Nacional dos Vicentinos”. A homenagem foi instituída em 2006.
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