SIMPLICIDADE: a virtude de Cristo
Dando sequência à série de artigos do Padre Emanoel Bedê sobre as Cinco Virtudes vicentinas, hoje publicamos o texto sobre a SIMPLICIDADE! Acompanhe e reflita:
Neste pequeno artigo, caminharemos juntos pela virtude da SIMPLICIDADE que faz parte das armas sugeridas por São Vicente de Paulo para derrotar o temido Golias, a modo de serem elas, as cinco virtudes, as cinco pedrinhas usadas por Davi para derrotar aquele inimigo.
É fundamental lembrar que para o santo as cinco virtudes vicentinas emanam das virtudes evangélicas, cujo autor é o próprio Cristo, que fielmente as observou e viveu. Em seus escritos ele deixa claro para os membros da Congregação da Missão que estas virtudes devem ser “as faculdades da alma de toda a Congregação” e, certamente, de cada confrade e consócia.
Para São Vicente, a SIMPLICIDADE consiste em dizer a verdade, em dizer as coisas tais como são, sem ocultar nem dissimular nada. Esta virtude é tão cara ao santo que ele a chama de “meu evangelho”, “a virtude que mais amo” e arremata: “sabeis onde mora nosso Senhor? Pergunta, ele, às Filhas da Caridade, no meio dos simples”, portanto, no meio dos Pobres e humildes. Ele entendia a SIMPLICIDADE como capacidade que se deve ter de dizer a verdade, para que o coração não pense uma coisa e os lábios digam outra; é a virtude que evita a duplicidade e que nos conduz ao estilo de vida sem supérfluos e os excessos. A SIMPLICIDADE anda de mãos dadas com a humildade e leva o missionário a explicar o Evangelho e as verdades da fé de modo fácil e simples aos Pobres.
Nos dias de hoje, SIMPLICIDADE é antes de tudo dizer a verdade, mesmo que isso nos cause embaraços, pois nisso alicerça todas as relações humanas; dar testemunho da verdade, ou seja, fazer e viver primeiro para depois ensinar; estar na verdade, isto é, ter pureza de intenção e assim poder praticar a verdade que nada mais é do que fazer obras de justiça e de caridade, visto que “a verdade não pode ser meramente verbal, tem que ser vivida”, enfim, essa virtude nos ajuda cultivar um estilo de vida sóbrio que nos ajuda a aproximar dos mais Pobres.
Pe. Emanoel Bedê, C.M.
Assessor Espiritual do CNB