Porque Setembro amarelo…
Por Ada Ferreira
Vicentina, psicóloga e coordenadora da Rede de Afeto
Em todos os ‘quatro’ cantos do mundo, omês de setembro é dedicado a um alerta, um momento para refletir sobre o tema suicídio, um tema que diz da saúde no contexto amplo. Dialogar sobre o tema é abrimos uma porta para que pessoas que estão em sofrimento/em profundo desespero pensem numa possibilidade de buscar ajuda. É também um momento para alertar familiares e amigos destas pessoas para a importância do acompanhamento de um profissional capacitado, identificar os serviços adequados e orientar para que possam buscar ajuda qualificada.
O ser humano vive num estado de adoecimento existencial que podem ser percebidos através das manifestações de alterações de comportamento. A pessoa pode iniciar com um isolamento, dificuldade para socializar, quadros de agressividade, impulsividade, irritabilidade.
É muito importante evitar o julgamento, os moralismos que a sociedade muitas vezes nos impõe. Devemos cuidar com o máximo respeito, amor, compreensão. Procurar se colocar no lugar da pessoa que está sofrendo e procurar que ela sinta que estamos perto para dar suporte no sentido de dar apoio.
Como membros da Família Vicentina, convido a cada um a encontrar em Vicente de Paulo o caminho a seguir: Vicente foi capaz de ouvir o sofrimento existencial de um homem que encontrava muito enfermo, abriu os ouvidos e o coração para escutar efetivamente e afetivamente este homem. Precisamos estar cada vez mais perto do outro. Nada substitui o encontro pessoal.
Setembro é somente um mês simbólico; a prevenção, o ‘estado de alerta’, de observação deve ser contínuo. Cuidar da saúde mental é um cuidado diário!