PEC 287/16 da Reforma da Previdência
Prezados Confrades e Consócias,
Temos acompanhado nos últimos meses, através de noticiários e redes sociais uma discussão com opiniões as mais diversas sobre a reforma da Previdência, que na maioria das vezes são carregadas de propagandas do governo e de pouco esclarecimento sobre o que realmente está em jogo em relação a esta questão. Não conseguimos entender a proposta apresentada pelo governo que pouco ou quase nada diz, com informações destoantes e eivadas pela falta de transparência o que reforça a pressa com que estão conduzindo o debate buscando confundir a população e dificultando a compreensão do assunto.
Caso seja aprovada da PEC 287/16 da Reforma da Previdência as aposentadorias por idade ocorrerão aos 65 anos, e não distinguirá entre homem ou mulher, trabalhador urbano ou rural, servidor público ou trabalhador da iniciativa privada, exigindo do trabalhador o mínimo de 25 anos de contribuição, sendo que atualmente o mínimo de contribuição é de 15 anos. Isto representa um retrocesso nas conquistas alcançadas pelo trabalhador brasileiro, levando a um total descrédito do atual governo, que também propõe através da PEC, a redução no valor das aposentadorias ou, mais precisamente, da taxa de reposição.
Assim, os justos pagam pelos pecadores porque a justificativa apresentada pelo atual governo, é de que o alto endividamento existente no Brasil se deve a má gestão dos governos anteriores que gastaram rios de dinheiro, de maneira desordenada levando a adoção de medidas rígidas na atualidade, em relação ao trabalhador.
Não pactuamos com esta solução e achamos que a discussão e o debate com a sociedade em relação a uma questão tão importante e impactante como esta, deveria ser mais amplamente praticado para não levar os trabalhadores brasileiros à exclusão social.
Ronan Oliveira – Presidente do Conselho Metropolitano de Belo Horizonte/CMBH.