Papa Francisco define Projeto Social Vicentino como “oásis de esperança”
Akamasoa, na periferia de Antananarivo (África), era uma comunidade extremamente pobre, onde as pessoas comiam o que encontravam no lixo, não tinham acesso à educação, saúde e conviviam com a violência. O verbo ‘era’ foi bem empregado no início desta matéria. É que hoje, a situação do lugar está muito diferente. Foi desenvolvido um Projeto Social que envolveu os moradores em cooperativas de trabalho. Também se criou escola e centros de entretenimento e cultura. Tudo iniciativa do padre Pedro Opeka, um missionário da Congregação da Missão (CM), Ramo da Família Vicentina.
O projeto de Opeka, além de promover socialmente as famílias da periferia de Antananarivo, ficou mundialmente conhecido nesta semana, quando recebeu a ilustre visita do Papa Francisco. O Sumo Pontífice esteve domingo (8) no projeto, quando disse que Akamasoa “era um lugar de exclusão, de sofrimento, de violência e de morte” e acrescentou que, depois de 30 anos, “a Divina Providência criou ‘um oásis’ de esperança no qual as crianças recuperaram sua dignidade, os jovens voltaram para a escola, os pais começaram a trabalhar para prepararem um futuro para seus filhos”.
Francisco disse ainda que o projeto era um exemplo. “Oremos para que em todo Madagascar e em outras partes do mundo se dissemine o esplendor desta luz, para que possamos alcançar modelos de desenvolvimento que privilegiem a luta contra a pobreza e a exclusão social, a partir da confiança, da educação, do trabalho e do empenho, que são sempre indispensáveis para a dignidade da pessoa humana”.
Papa Francisco e padre Pedro já se conheciam. Francisco foi professor de Pedro nos fins dos anos 60, na Faculdade de Teologia. Ao se referir ao aluno, o Sumo Pontífice o descreveu: “mas ele não gostava de estudar, queria trabalhar”, disse o Papa.
Pedro Opeka é argentino e foi enviado em missões para Madagascar no ano de 1970. O Projeto Social existe desde 1989.
Por Redação do SSVP Brasil