Os vicentinos, devoção a Maria e o Santo Rosário
Rezar o Santo Rosário faz parte da fé católica cristã desde o ano 800 D.C., aproximadamente, iniciado provavelmente nos mosteiros. Rosário significa ‘Coroa de Rosas’. Conta-se que Nossa Senhora revelou que a cada Ave Maria lhe é entregue uma rosa e por cada Rosário completo lhe é entregue uma coroa de rosas. A rosa é a rainha das flores, sendo assim o Rosário é a rosa de todas as devoções e, portanto, a mais importante.
Nossa Senhora de Fátima, que há 101 anos apareceu em Portugal, reforçou o pedido da oração incessante e diária. O terço foi dado como instrumento de reconciliação e paz. São Vicente de Paulo era fervoroso amante da Virgem Maria e a consagrava as suas tarefas diárias. Meditava o Santo Rosário todos os dias.
Vem chegando à noite, já passa das 18h. As consócias e confrades se aprontam para sair de casa e levam consigo o Terço. Não, não é para reunião de conferência e sim para um importante compromisso da espiritualidade vicentina: meditar os mistérios do santo Rosário, rezar o Santo Terço. Este gesto acontece todos os dias nos mais diversos lugares onde a Sociedade de São Vicente de Paulo está presente, nos 153 países, onde os vicentinos fazem o amor de Deus acontecer.
Dedicadamente, desde os anos 90, mulheres e homens se reúnem na Capelinha de São Vicente de Paulo, na Rua Jacuí, 3890, BH/MG, para oração. Tudo começou em setembro de 1996, quando a Sociedade de São Vicente de Paulo se preparava para celebrar a Festa Regulamentar da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, em 08 de dezembro, no Mineirinho. O confrade Valter Ferreira dos Santos, membro da Conferência Jesus Crucificado, era presidente do Conselho Particular e afirma que a oração do Santo Terço se tornou essencial para sua vocação vicentina. Foi um dos responsáveis pela animação e incentivo da reza do terço na região. Reforça que abundantes graças são alcançadas diariamente, inclusive de cura de doenças. “Nossa Senhora é a intercessora mais próxima de Deus que nós temos junto aos Santos. Ela é a mais forte, porque é sacrário. Carrega o Filho de Deus. Nós confiamos muito na Virgem Maria, que só aparece em lugares estratégicos como em Lourdes, Fátima, Cuba”.
A vocação missionária vicentina é estar sempre em missão, em todo lugar onde se necessitar de ajuda – material ou espiritual. Numa das atividades complementares à conferência, os vicentinos da Conferência Sant’Ana, em Caeté-MG, fundada em 27 de fevereiro de 1949, se encontram há mais de 69 anos para recitar os mistérios da vida de Nossa Senhora, sempre em lugares diferentes, sejam Lares de Idosos, casas dos confrades ou consócias, residência de enfermos ou igrejas.
Iniciado com o confrade Sr. Gabriel, a cada sábado um motivo especial é colocado em intenção. O movimento para rezar o terço é grande, pois chega a reunir num dia mais de 130 pessoas. São familiares dos confrades e consócias reforçando o terço em família, no desejo incessante de valorizar o elo familiar. Nem sempre foi assim, pois o terço era rezado apenas pelos confrades e consócias, entretanto, há 12 anos as pessoas foram convidadas e os familiares passaram a participar. Maria de Fátima Araújo dos Santos é secretária da conferência e ajuda a organizar o terço. Destaca que o encontro para rezar o terço é oportunidade de confraternização, já que ao final sempre tem o lanche vicentino. A oração incentiva ainda mais a vivência fraterna e ajuda quem mais precisa: os pobres.
Artigo publicado na Revista Vicentina Adoremos, edição 1028, ano 104. Faça sua assinatura AQUI
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