O bem comum
Você sabia que, no dicionário, Caridade significa: Amor de Deus e do próximo, ato de bondade, benevolência e bom coração? Pois bem, isso significa a Caridade. Se pararmos para pensar, nem que seja por apenas 10 minutos em o nosso longo dia de 24 horas, quantos atos de caridade você realizou em um dia? Em uma semana? Em um mês? Em um ano?
Em boa parte, são os pequenos atos que constitui um ato gigantesco de caridade. Não é preciso fazer algo fora do normal. Distribuir sorrisos; agradecer o próximo; dizer “eu te amo”; cumprimentar quem divide o dia com você; ajudar o próximo e o necessitado; motivar e elogiar as pessoas; escutar as histórias, mesmo que sejam as mesmas queixas de sempre; comemorar o sucesso dos outros; corrigir utilizando o amor, não a violência; fazer doações não só de objetos materiais, mas de carinho e de afago; e, acima de tudo, ajudar nas maiores das dificuldades. Estes são simples atos que fazemos ao longo do dia e, sem perceber, estamos sendo caridosos.
Bom, há quem diga que sorrir para alguém, cumprimentar o próximo ou elogiar as pessoas não é bem assim um ato de caridade. Errado é quem pensa assim. Ao distribuir um sorriso, por exemplo, você distribui alegria para as pessoas. Talvez, um dos seus sorrisos, possa chegar até um alguém sem motivação e, ao perceber tamanha delicadeza e atenção, você pode mudar o dia da pessoa.
Jesus Cristo é o exemplo maior de caridade. Todos os seus ensinamentos estavam afundados na caridade e tudo aquilo que ela engloba. Além disso, Jesus foi um grande professor. Ensinou todos os seus apóstolos a também praticar este ato. A vida de Cristo foi a vida mais perfeita da caridade. Ele nos ensinou que se ajudarmos o próximo, se amarmos o próximo, em primeiro lugar, poderemos encontrar a felicidade mais facilmente. Pois assim disse em João 15, 12-13: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos”.
Em suas cartas, São Paulo falou sobre a caridade diversas vezes, destacando estas duas: “Agora, portanto, permanecem fé, esperança , caridade, estas três coisas. A maior delas porém, é a caridade” (1 Coríntios 13,13); “É que recordamos sem cessar, aos olhos de Deus, nosso Pai, a atividade de vossa fé, o esforço da vossa caridade e a perseverança da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”(Tessalonicenses 1,3).
A caridade é sim um ato que pode mudar o mundo. Poucos devem saber, mas no dia 19 de julho é comemorado o Dia da Caridade aqui no Brasil. Esta é uma importante data em nosso calendário para que possa incentivar ainda mais as pessoas a realizarem atos de solidariedade e benevolência.
A caridade não é algo que deva ser feita em apenas um dia, e sim em todos. Para nós, Vicentinos, a benevolência, ou o fragmento de amor que Cristo deixou em nosso coração, deve ser algo realizado com frequência. Nosso patrono, São Vicente de Paulo dizia: “A caridade é um amor elevado acima dos sentidos e da razão, pelo qual nos amamos uns aos outros pelo mesmo fim pelo qual Jesus Cristo amou os homens para fazê-los santos neste mundo e bem-aventurados no outro”.
Ao entrar para a SSVP, nos envolvemos em uma grande rede de caridade, pensamos e ideal proposto pelo Beato Antônio Frederico Ozanam ao fundar a Sociedade. Pensemos na rede de caridade como se fosse uma rede de pescaria. Ao jogá-la nos homens podemos juntar e acabar com todo o rancor, toda hipocrisia e toda hipocrisia através da caridade. Ela é ago que não tem fronteiras. Sempre irá caber mais e mais em nossa rede. A caridade é algo que toca o coração, que mexe e abala as estruturas independente do sexo, da cor ou da classe social.
Agora que passou os nossos dez minutos de reflexão, aproveitemos este mês em que comemoramos o Dia da Caridade e pensamos cada vez mais: o que eu fiz de caridade? Quem eu ajudei com um simples sorriso? Quem ficou mais feliz com um elogio? Quem sentiu o calor forte de meu cumprimento? Quem se sentiu um ser humano com o meu “eu te amo”?
Com essa reflexão, façamos deste mundo um lugar melhor para se viver. Um lugar sem hipocrisia, sem egoísmo e sem corrupção. Um lugar onde apenas o sorriso e o amor sobreviva. Um lugar construído através da caridade.
Por: Vinícius Toscano
Departamento de Comunicação/CMBH
Artigo publicado na Revista Vicentina Adoremos, edição 1008, ano 102.
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