Milhares de vicentinos participaram da Romaria ao Santuário Nossa Senhora da Piedade
O clima favorável, há 1746 metros de altitude, em Caeté-MG, na manhã de ontem (28), tornou ainda mais especial a 48ª Romaria Vicentina ao Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, Padroeira de Minas Gerais, possibilitando aos peregrinos avistarem as mais belas montanhas de Minas.
Mais de 6 mil vicentinos peregrinaram a Serra da Piedade, numa tradição que completou 48 anos, para agradecerem a Deus por tantas graças alcançadas e ainda encontrarem motivos e incentivo para o anúncio do amor através dos gestos concretos de transformar vidas pela caridade fraterna.
O santo terço na Basílica das Romarias abriu a edição deste ano, seguido da Via-Sacra que relembra os passos de Jesus na Paixão, Morte e Ressurreição. Os jovens vicentinos do Conselho Central N.Sra do Perpétuo Socorro, de Pedro Leopoldo (MG), encenaram as 15 estações fazendo o percurso menor no alto da Serra, conduzidos pelo pró-reitor do Santuário, pe. Carlos Antônio da Silva, relembrando os atingidos pelas tragédias das barragens de mineração como Brumadinho, em janeiro de 2019.
A Santa Missa foi presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, que na homilia destacou sua alegria em participar deste momento com os vicentinos na Casa da Padroeira de Minas. Ressaltou ainda a necessidade da renovação da SSVP através dos jovens e crianças, reacendendo a chama do coração de São Vicente de Paulo em cada pessoa. “Quero dizer a todos os irmãos e irmãs, nesta 48ª Romaria, junto a grande Família Vicentina, que é uma alegria estar aqui Proclamando a Palavra e celebrando a Eucaristia junto a todos. Eu venho, quero dizer ao coração de cada um, o meu apreço a Família Vicentina, a Sociedade de São Vicente de Paulo. E esse apreço aos vicentinos, é certamente, porque a Família Vicentina tem uma grande e importante tarefa na Igreja e no mundo de manter acesa a chama do coração de São Vicente. E, a chama do coração de São Vicente tem um nome: amor aos pobres. Tem muitas outras riquezas, mas a chama mais forte do coração de São Vicente chama-se amor aos pobres. Por isso, fazer essa peregrinação não é apenas mais uma, é mais que uma necessidade, por que se a chama do coração de São Vicente apagar-se no coração da Igreja, da Igreja do mundo inteiro e no coração nosso, nós ficaremos infelizes. Assim, temos a tarefa de, em cada casa, por meio dos jovens e crianças renovar a Família Vicentina para que essa chama nunca se apague na Igreja e no mundo, vivendo a fraternidade e a justiça nesse mundo que é desigual e por vezes indiferente. Precisamos lutar contra a indiferença. ”
Encerrando a 48ª Romaria, ao som da Fanfarra da Fundação Educacional de Caeté (Fec), uma bonita procissão com os andores de Nossa Senhora da Piedade, São Vicente de Paulo e São José, acompanhada pelos milhares de fiéis seguiu até a Basílica Ermida, onde tudo começou há 252 anos.
O confrade Wellington Corrêa, presidente do Conselho Metropolitano de Belo Horizonte, falou da sua alegria e gratidão de tantos vicentinos, juntos, visitarem a cada ano a Serra da Piedade. “Visitar o Santuário da Padroeira de Minas é renovar nossa esperança de que é possível ajudar o próximo nesta grande rede de caridade que é a Sociedade de São Vicente de Paulo. É motivo para superarmos tantos desafios que enfrentamos, nas várias instâncias, e fazer de verdade o que inspirou o desejo de São Vicente de Paulo e de Frederico Ozanam. Nossa gratidão a todos e nos encontraremos em 2020, no dia 26 de julho, na 49ª Romaria, preparando-nos para o jubileu de ouro da peregrinação da SSVP na Serra da Piedade que acontecerá em 2021”.