LAUDATO SI
Louvado Seja, assim inicia-se a Encíclica do papa Francisco sobre o cuidado com nossa casa comum: o planeta Terra. O pontífice evoca em sua carta geral à Igreja o Hino das Criaturas, de São Francisco de Assis, santo este que tratava a natureza com amor singular e até mesmo familiar.
Hoje, a Terra grita. A Terra clama por compaixão e piedade. Talvez, este é o século de maior castigo para a mãe natureza. Os homens não têm compaixão pelo seu habitat e não mostram sinais de melhoria. Nossa Igreja por diversas vezes convoca todos os fiéis a serem defensores e promotores da cultura do cuidado e preservação do Tesouro dado a nós por Deus. Isto é comprovado pelo que foi dito e escrito pelos últimos cinco Papas que conduziram a Barca de Pedro. Precisamos cuidar do que é nosso.
Disse o papa Francisco na sua última encíclica, Laudato Si: “O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral, pois sabemos que as coisas podem mudar. O Criador não nos abandona, nunca recua no seu projeto de amor, nem Se arrepende de nos ter criado. A humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum. Os jovens exigem de nós uma mudança; interrogam-se como se pode pretender construir um futuro melhor, sem pensar na crise do meio ambiente e nos sofrimentos dos excluídos”.
Por vezes, vale ressaltar que essa convocação de preservação do nosso ecossistema passa não somente pela Igreja, mas pelo mundo nos mais diversos setores da sociedade. Inúmeras convenções, eventos, encontros, acordos foram realizados entre os países sempre buscando o desenvolvimento sustentável, a redução de gases poluentes e ações que preservem a biodiversidade.
A Organização das Nações Unidas (ONU) por diversas vezes busca a união global para preservar o meio ambiente. Exemplo claro disse é a inclusão de datas especiais que relembram o cuidado e a importância dela para a vida da população. As datas comemorativas relacionadas ao meio ambiente incluem o Dia Mundial da Água (22 de março), o Dia Internacional para a Diversidade Biológica (22 de maio), o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca (17 de junho), o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio (16 de setembro), entre tantas outras.
Anos temáticos também são adotados pela ONU para reforçar o esse cuidado com nossa Casa Comum: Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) e a Década Internacional,“Água para a Vida”, que começou em 22 de março de 2005.
Lembretes, datas comemorativas, campanhas de conscientização, vídeos e fotos. Enfim, tudo nos ajuda a não nos esquecermos do cuidado e preservação do meio ambiente. Mais ainda falta muita ação concreta para que isso aconteça. No dia-a-dia esse cuidado é deixado de lado quando esbarra no interesse pessoal. Sobre isso, papa Francisco reforça que “qualquer realidade que seja frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta”.
No mês do cuidado com meio ambiente, no ano da misericórdia, pensemos: será que não estamos inseridos numa crise mundial entre ser humano e natureza? Será que nossas ações refletem o verdadeiro cuidado entre os homens e o planeta? Cuidemos para não relativizar tudo a nossa volta, o papa Bento XVI lutou sempre nos alertou do mal do relativismo.
Caro irmão vicentino, analisemos nossos atos e vejamos o quanto de fato evoluímos no cuidado com a ecologia, na proteção e ação de preservação do meio ambiente. Não seria essa também uma caridade? Cuidar bem do que é comum!
Por: Gustavo Correia
Departamento de Comunicação/CMBH
Matéria publicada na Revista Vicentina Adoremos, edição 1007, ano 102.
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