Erradicação da pobreza: o papa pede mais ousadia
Conselho Geral Internacional / Igreja
Todos os anos, na data de 17 de outubro, a humanidade reflete sobre o “Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza”, iniciativa declarada pelas Nações Unidas em 1992, em reconhecimento ao trabalho do Servo de Deus Joseph Wresinski, sacerdote francês que reuniu aproximadamente 100 mil pessoas na Praça dos Direitos Humanos e Liberdade, em Paris, em 1987, para defender os excluídos.
Na semana passada, o Papa Francisco dirigiu-se aos redentoristas, que se encontravam em Roma para participar do 26º Capítulo Geral da Congregação do Santíssimo Redentor, e abordou, com profundidade, o tema da pobreza, destacando que é preciso renovar a missão e ousar mais pelos mais necessitados. O Papa deixou claro que a pobreza não é fruto do destino, mas sim é consequência do egoísmo. Para ele, os pobres sofrem injustiça, indiferença e aversão.
Na mensagem, o Pontífice recomendou que não podemos ter medo de percorrer novos caminhos e de sujar as mãos no serviço aos mais carentes. O Santo Padre destacou que os trabalhos de caridade devem estar voltados para a humildade, unidade, sabedoria e discernimento. E que a renovação da Igreja passa por um processo de conversão, do coração e da mente, e sobretudo por meio de uma verdadeira “mudança nas estruturas”.
Ao final da mensagem, o papa pediu ao Senhor que sejamos fiéis e perseverantes na missão, sem jamais esquecer os mais pobres e abandonados, aos quais servimos com humildade e caridade. Na mesma semana, noutro sermão, o papa apelou aos governantes do mundo inteiro que executem políticas públicas de desenvolvimento das pessoas, focando na geração do trabalho e não no assistencialismo que perpetua a miséria.
“Onde homens e mulheres são condenados a viver na pobreza, os direitos humanos são violados. Unirmo-nos para garantir que esses direitos sejam respeitados é nosso dever solene”.
Servo de Deus Joseph Wresinski (1917-1988)