Erradicação da Pobreza: números aumentam, mas SSVP segue firme e forte no propósito junto aos Pobres
Dia 17 de Outubro é considerado o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Conscientizar faz-se mais do que necessário em uma época tão sensível quanto a que o mundo vive, em meio a uma pandemia que ainda não acabou, mas cujos reflexos são sentidos dia-a-dia.
Os números no Brasil não são dos mais otimistas, infelizmente. E nosso espírito vicentino deve estar, mais do que nunca, preparado para ajudar e para a caridade. O olhar para o outro, para o Pobre, deve ser de amor e, acima de tudo, de ação.
Antes da pandemia, os números da extrema pobreza no Brasil, de quem vive com R$ 160,00 por mês já chamavam a atenção. Segundo dados do Cadastro Único para programas sociais (CadÚnico), em março de 2020, início da pandemia no Brasil, havia cerca de 13,5 milhões de pessoas nessa condição, contingente que, em março deste ano, havia aumentado em 784 mil pessoas, o que representa um crescimento de 5,8%. Entre 2019 e 2020, portanto antes da pandemia, segundo dados do Dieese, esse número já tinha aumentado em 3,0%. Isto é, entre o início de 2019 e o início de 2021, quase 1,2 milhão de pessoas ingressaram na extrema pobreza no Brasil, o que corresponde a um aumentou de 9,0%.
Segundo dados do Ministério da Cidadania, 39,9 milhões de pessoas vivem na extrema pobreza no Brasil. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, o número supera a população inteira do Canadá, que é de 38 milhões de habitantes.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, em relação à população total do Brasil, houve aumento da pobreza em 23 estados e no Distrito Federal, entre novembro de 2019 e janeiro de 2021. O crescimento da extrema pobreza ocorreu em quase todo o país: em 18 das 27 capitais.
Os números seriam de desanimar, se entidades como a SSVP não arregaçasse as mangas e trabalhasse em prol dos Pobres. Hoje são 14 mil Conferências, 130 mil voluntários no Brasil, 68 mil famílias assistidas mensalmente, 1,5 mil toneladas de alimentos entregue mensalmente.
Segundo o presidente da SSVP Brasil, os vicentinos não fecharam os olhos diante da pandemia, muito menos ficaram parados. “Durante a pandemia intensificamos a ajuda aos nossos Lares e aos cuidados com os idosos, como a compra de EPIs (Equipamentos de Segurança), por exemplo, e foi criada a Rede de Caridade para angariar fundos em todo o país. Nós não fechamos as portas aos mais necessitados, fizemos muitas ações em prol dos assistidos, mesmo tendo poucas reuniões devido à pandemia. Os números de solicitações e ajuda até aumentaram, devido às necessidades e muitas pessoas desempregadas”, explica o presidente do CNB, confrade Cristian Reis da Luz.
Além disso, o Conselho Nacional do Brasil (CNB) disponibilizou verbas para ajudar as Obras durante a pandemia. Só no ano passado foram encaminhados R$ 1 milhão, entre Projetos Sociais e Todos Somos Um. O confrade Cristian destaca ainda a atuação dos vicentinos com as pessoas em situação de rua e os Projetos Sociais, que são hoje a “menina dos olhos” do Conselho. “Temos investido muito em Projetos Sociais porque de fato eles atendem às necessidades das pessoas mais carentes e fazem uma transformação em suas vidas, quando elas têm de fato a oportunidade de trabalhar em seus negócios e sair da condição de miséria e pobreza. Temos vários exemplos no Brasil de pessoas que entraram nos projetos, saíram da linha da pobreza e hoje são até microempresários”, avalia.
O bem-estar dos assistidos e vicentinos também foi uma das grandes preocupações da SSVP nesses momentos tão difíceis. “Muitas pessoas que não tinham condições de arcar com um tratamento psicológico nesse momento tão sensível puderam e ainda podem se beneficiar com o Rede de Afeto, lançado pelo CNB”, destaca o confrade Cristian.
Se os números da pobreza no Brasil podem desanimar as pessoas em geral, para os vicentinos, eles devem servir de estímulo para o trabalho, caridade e ânimo para as ações. Vamos seguir em frente, arregaçando as mangas, fazendo a diferença e trabalhando com afinco para os Pobres. “Mais do que nunca, os vicentinos precisam se organizar e ajudar na erradicação da pobreza com coragem, ousadia e perseverança”, finaliza o confrade Cristian.