Em 14 de agosto, comemoramos o bicentenário de nascimento de Amélia Soulacroix Ozanam
por Departamento de Comunicação · Published · Updated
Este mês de agosto, no dia 14, celebramos o bicentenário do nascimento de Amélia Soulacroix Ozanam, esposa amorosa de Antônio-Frederico Ozanam e que foi fundamental para conhecer detalhes da vida do principal fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo, assim como os primeiros passos de nossa Sociedade.
O 16º Presidente-geral, confrade Renato Lima de Oliveira, aproveita a oportunidade para declarar a data de 14 de agosto como o DIA INTERNACIONAL DAS CONSÓCIAS. A seguir, um breve resumo biográfico e, ao final, o texto completo pode ser baixado em PDF, preparado pelo confrade Francisco Javier Fernández Chento, renomado autor vicentino e consultor da Comissão de Investigação Histórica do Conselho Geral Internacional.
Resumo
Marie-Josephine-Amélie Soulacroix nasceu em 14 de agosto de 1820, em Marselha (França). Ela foi a primeira filha do casal formado pelo professor de matemática Jean-Baptiste Soulacroix (1790-1848) e Zélie Magagnos (1798-1882). Além de Amélia, o casal tinha três outros filhos: Teófilo (1823-1847), Carlos (1825-1899) e Noemi (1827-1831). Amélia teve uma infância feliz e recebeu sua educação religiosa e cultural dentro da família, como era a prática em seu tempo para todas as meninas. A partir de 1837, ela se dedicou a cuidar de seu irmão Teófilo, que havia sido incapacitado por um acidente (uma queda infeliz), enquanto praticava esportes.
Em meados de 1840, ela recebeu duas propostas de casamento, que as recusou. Pouco depois, ela conheceu o jovem Antônio-Frederico, e em 13 de novembro de 1840, Ozanam foi convidado a ir à casa da Família Soulacroix para se encontrar formalmente com Amélia. O noivado foi oficializado em 24 de novembro. Em 13 de dezembro, Ozanam se despede de Amélia, partindo para Paris para começar a trabalhar como professor substituto na cadeira de literatura estrangeira na Universidade de Sorbonne. Eles viveram seu namoro a distância, Amélia em Lyon e Antônio-Frederico em Paris, através da longa e frequente troca de correspondências que mantiveram.
Na terça-feira, 22 de junho de 1841, eles assinaram o contrato de casamento perante um cartório civil, e o casamento finalmente aconteceu na manhã de quarta-feira, 23 de junho, às 9h horas (na sede da Prefeitura) e às 10h na Paróquia de São Nizier, em Lyon, na presença das duas famílias e de um grande número de amigos. Após a lua de mel, eles se estabeleceram no início de janeiro de 1842 em um pequeno apartamento em Paris.
Após dois abortos naturais e espontâneos, no final de 1844, Amélia ficou grávida de Marie-Joséphine Ozanam, que nasceu em 24 de julho de 1845, enchendo de alegria a casa da família. Em meados de junho de 1846, a Família Ozanam partiu para a Itália, onde viveu por muito tempo em várias cidades. Durante esta viagem, Teófilo, irmão de Amélia, morreu (9 de março de 1847). Foi uma dificuldade tremenda para ela que não pôde ir ao funeral porque as distâncias tornaram impossível chegar a tempo. A família retornou a Paris em meados de julho de 1847. Eles se mudam para uma casa maior, e o cuidado da casa e da filhinha mantém Amélia ativa.
O pai de Amélia, Jean-Baptiste Soulacroix, adoeceu em abril de 1848, impactado fortemente pela morte de seu filho; ele morreu em 23 de julho, após três meses de doença grave. Em meados de agosto, a celebração do aniversário de Amélia foi “uma festa muito triste, misturada com muitas lágrimas”; no entanto, Antônio-Frederico insiste em que a festa fosse comemorada, para incentivar Amélia.
A partir do início de junho de 1849, a doença fatal de Antônio-Frederico Ozanam começou a se manifestar claramente. Começou, assim, uma longa peregrinação que levaria a família a vários lugares para encontrar uma possível cura. A doença passou a ser uma companheira regular na casa da Família Ozanam, e não apenas uma preocupação de Frederico. Além disso, as doenças de Amélia e Marie são transitórias e leves, em comparação com o progressivo agravamento da enfermidade de Ozanam.
No início de agosto de 1849, a Família Ozanam parte, sem a pequena Marie, para Londres, onde visita a 1ª “Exposição Universal”. Ao voltar para casa, Amélia traduziu para ele alguns textos das “Pequenas Flores” de São Francisco de Assis. Eles também visitaram a Espanha por um curto período de tempo, em 1852. Eles viajaram para a Itália no final de 1852. Durante o tempo da doença dele, Amélia se dedicou de corpo e alma ao amado esposo.
No final de julho de 1853, a situação de Antônio-Frederico torna-se crítica. Em 1º de setembro, eles retornaram de barco à França, desembarcando em Marselha, onde Ozanam morreu em 8 de setembro, aos 40 anos de idade. Após a morte de Frederico, Amélia insiste em enterrá-lo em Paris, como era o desejo do marido. Assim, o corpo de Frederico foi depositado na Igreja São José do Carmo, em Paris, e encontra-se aberto à veneração particular.
A morte precoce de Ozanam deixou sua esposa (que tinha apenas 32 anos de idade) viúva, aos cuidados de Marie, sua filha, que ficou órfã aos 8 anos de idade. Amélia não se casou novamente: das sombras, ela dedicou o resto de sua vida a cuidar de sua filha Marie, a obras de caridade e a preservar a memória e promover o exemplo da vida de seu falecido marido. Além de cuidar da correspondência de Ozanam com amigos e parentes, Amélia escreveu pouco mais do que algumas notas biográficas sobre seu marido. Após viver uma vida devota e piedosa, Amélia Ozanam morreu, após uma breve doença, em 26 de setembro de 1894, aos 74 anos de idade.
Que o exemplo de amor e dedicação aos necessitados de Frederico e Amélia seja, para nós, um novo ímpeto para trabalhar por uma sociedade mais justa e mais humana.
Clique aqui para ler a biografia completa de Amélia Ozanam e compartilhe esse conteúdo maravilhoso em sua Conferência. E viva o DIA INTERNACIONAL DAS CONSÓCIAS!
O Conselho Geral Internacional deseja agradecer imensamente ao querido confrade Javier Chento por esse belo trabalho sobre Amélia Ozanam. Nossos sinceros parabéns, e que Deus o abençoe abundantemente.
Fonte: ssvpglobal
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