Dia Nacional do Voluntariado: por que EU escolhi a SSVP?
Fazia muito frio na manhã do último domingo (22), em São Paulo (SP). Na rua, ainda tinha o risco da contaminação pela Covid-19. Estes eram motivos bem plausíveis para manter um grupo de vicentinos em casa. Mas não foi. A vontade de fazer o bem ao próximo falou mais alto. Eles foram para a Cracolândia, no centro da cidade, distribuir café da manhã aos irmãos carentes e dependentes químicos.
Situações como a descrita acima acontecem a todo momento entre os membros da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). Vocacionados a prestarem um serviço gratuito e de excelência aos Pobres, os confrades e consócias vão até as periferias e lugares mais remotos do país, onde doam alimentos, oferecem esclarecimentos sobre assuntos diversos, ouvem os clamores de quem vivem às margens da sociedade e pensam em estratégias de Mudança de Estruturas (promoção social).
Hoje (28), neste Dia Nacional do Voluntariado, os vicentinos são bons exemplos de pessoas que trabalham com amor sem se preocuparem com recompensas monetárias; eles fazem apenas por AMOR. Como é o caso da Conferência Sagrado Coração de Jesus, que distribui alimentos e kits de higiene na Cracolândia.
A consócia Plácida Rosa de Paula, de 46 anos, é uma das integrantes do grupo, que conta com seis membros, mais a colaboração de benfeitores.
A Conferência já chegou a preparar 200 marmitas para serem distribuídas no local. Medo é uma palavra que os associados desconhecem. “Aos olhos de quem está de fora pode parecer um trabalho perigoso, porque estamos lidando com pessoas drogadas, mas Deus cuida de tudo. Nunca aconteceu nada que nos ameaçasse. Pelo contrário, os dependentes químicos sabem que estamos ali para ajudá-los, então, eles organizam para que tudo transcorra de forma tranquila”, relata.
Plácida é vicentina há 23 anos. Ficou uma fase afastada da SSVP, o que não foi muito tempo. “Eu sentia um vazio tão forte. Coloquei os joelhos no chão e pedi a Deus que me ajudasse a preencher aquele vazio”. Complementa: “foi aí que entendi que estava cuidando apenas do EU, mas para ser completa, era necessário também cuidar do OUTRO. Então, voltei logo para a SSVP”.
Os membros da Conferência querem fazer ainda mais pelas pessoas que ficam na Cracolândia. Com o dinheiro de doações, eles estão equipando um trailer para oferecer banho e cuidados de higiene na localidade.
“Quando cheguei à SSVP, foi amor à primeira vista”
Em Soledade (PB), a consócia Maria Aldenize André da Costa, de 18 anos, integra a Conferência Santa Terezinha. Ela participa da SSVP desde que tinha 5 anos de idade. Começou em uma Conferência de Criança e Adolescente (CCA) e se tornou hoje também coordenadora de Jovens do Conselho Central de Campina Grande. “Eu me lembro até hoje da primeira reunião. Quando cheguei à SSVP, foi amor à primeira vista”, constata.
A principal característica de um trabalho voluntário é que para acontecer, ele precisa se gratuito. Engana-se quem pensa que Maria Aldenize não ganha nada. “Eu realmente não recebo nada em dinheiro, mas tenho certeza que tudo o que faço pelos Pobres, Deus me recompensa com graças e maravilhas o tempo todo”.
A consócia relata que encontrou na SSVP um caminho de tentar praticar a caridade na Terra, inspirada nos ensinamentos de Jesus Cristo, que veio para servir e evangelizar os Pobres.
DIA DO VOLUNTARIADO
No Brasil, a data de 28 de agosto de 1985 foi instituída como o Dia Nacional Do Voluntariado (DNV), por meio da Lei Nº. 7.352, sancionada pelo então Presidente da República, José Sarney.
Fonte: Redação do SSVPBRASIL