[Artigo] O Pobre e o Rico
Esta parábola, não é uma visão do inferno e do purgatório, ou uma espécie de manual de novíssimos. Nos fala do rico epulão (comilão) e do pobre Lázaro (Eleazar = Deus auxilia), do pecado de quem se entrega a vida boa sem se preocupar com os mais pobres (Is 22,13; Ez 16,49; Am 6,4-6; Sb 2).
São Gregório Magno (séc. VI), comenta este texto dizendo que entre o povo conhece-se mais os nomes dos ricos que dos pobres. Na parábola o Senhor diz o nome do pobre e silencia o nome do rico para mostrar que exalta os humildes e desconhece os orgulhosos.
O que possuo me ajuda a aproximar-me dos outros, reconhecendo-os como meus irmãos? E minha aproximação em relação ao pobre é numa postura de superioridade e sobrepujança? Tenho aversão ao pobre e até me incomodo com sua emancipação? Em Mt 25,31-46 Jesus é claro no julgamento das nações: fome, sede, nudez, estrangeiros, enfermos, encarcerados.
Por vezes, a frase: “pobres sempre tereis” (Jo 12,8) tem justificado que não precisaríamos nos preocupar com as injustiças. Esquecemo-nos de que Jesus cita Dt, 15,11: “Nunca deixará de haver pobres na terra; por isso eu te ordeno: abre a mão a teu irmão, a teu pobre, a teu indigente da tua terra”. Precisamos nos organizar para que os pobres possuam espaço e sejam sujeitos na nossa vivência missionária, para que não fiquem com as “sobras dos cachorros”.
Em Novembro, no XXXIII Domingo do Tempo Comum, seremos chamados a celebrar e promover o “Dia Mundial dos Pobres” proposto pelo Papa Francisco, com o tema: “A esperança dos pobres jamais se frustrará” (Sl 9, 19). Que São Vicente de Paulo e o Beato Frederico Ozanam nos inspirem a levarmos esperanças para os pobres que encontrarmos!
Por Seminarista Wanderson Aminadab Barros Oliveira | Arquidiocese de Vitória da Conquista/Bahia
Artigo publicado na Revista Vicentina Adoremos, Setembro.
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