Você já perguntou qual é o sonho de alguém hoje?
Duas jovens (Cristiano Frade Marques e Maria Carolina Parreiras), da Comissão de Jovens do Conselho Central São Domingos do Sávio, pertencente ao Conselho Metropolitano de Contagem, escreveram um texto para nos fazer refletir sobre como podemos ajudar com tão pouco. Veja:
“Você já perguntou o sonho de alguém hoje?
Nós perguntamos, mas, não foi pra qualquer pessoa, fomos ao Lar Cristo Rei, instituição de longa permanência da SSVP, para perguntar e ouvir os sonhos dos idosos.
Ao perguntarmos qual era o sonho dos idosos lúcidos do Lar, tivemos uma grande surpresa ao perceber que eles não conseguiam responder essa pergunta tão facilmente. Conduzimos então uma conversa perguntando para onde eles gostariam de passear, coisas que gostariam de fazer, e sondar os gostos pessoais de cada um. Alguns nos mostraram o quanto não esperam grandes coisas de nós quando nos disseram: “qualquer coisa que vocês fizerem está bom”.
Após criar um vínculo com eles, tivemos acesso aos seus desejos, sendo os mais comuns: passeios, visitas à familiares e presentes. Assim realizamos passeios com dois irmãos no Parque Municipal, passeio no cinema com três idosos, passeio em um programa de televisão da TV Horizonte, vestidos e um rádio com pilhas para outros. Dois internos pediram para ver netos e bisnetos. Os Conselhos chegaram a fazer contato e as próprias famílias foram até o Lar. Neste ponto, percebemos que uma interação entre SSVP e família pode melhorar a vida de quem vive em uma instituição.
Na avaliação do projeto, uma das coordenadoras considerou que “através da realização desses sonhos nasceu em nossos corações o desejo que continuar com essas ações tão belas. Refletimos que devemos nos esforçar para conduzir nossas atividades com mais entrega e disponibilidade, pois como vicentinos assumimos o compromisso de estar a serviço do outro. Percebemos também que participar desse projeto foi uma forma de expandir nossos horizontes em relação à maneira tradicional de como conduzimos nossos trabalhos, já que há infinitas formas de fazer o bem além do costumeiro ato de simplesmente entregar a cesta básica. Certamente foi uma oportunidade ímpar de renovação do constante aprendizado do que é “ser vicentino”.
E aí, que tal perguntar os sonhos dos assistidos hoje?”