15 de junho: Diga Não à Violência contra o Idoso
Em 2006, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa que o dia 15 de junho seria marcado por ser a data de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. O objetivo foi de criar uma consciência mundial, social e política sobre a violência existente contra os idosos e fazer com que as pessoas entendam que não é um ato normal.
Segundo dados do IBGE (Instituto de Geografia e Estatísticas), Censo 2010, só no Brasil existem quase 20 milhões de pessoas idosas, o que representa 11% da população brasileira. Além disso, as projeções indicam que em 40 anos, o percentual de pessoas idosas deve triplicar e que em 2050, haverá duas vezes mais idosos do que crianças na sociedade brasileira.
Precisamos então, cada vez mais, garantir que o envelhecimento da população aconteça de forma tranquila e saudável. Podemos fazer isto através de informações e recursos educacionais para as próximas gerações e realizar um trabalho em massa de conscientização para os adultos, afim de que tenham uma posição firme em relação à violência com os mais velhos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde: a violência contra a pessoa idosa consiste em ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional da pessoa idosa, impedindo o desempenho de seu papel social.
Devemos entender que existem diversas formas de violência:
- Física: Todo ato que envolva força física de forma intencional, com o objetivo de ferir uma pessoa (deixando marcas ou não).
- Negligência/abandono: Omissão por familiares ou instituições responsáveis pelos cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social do idoso. Privação de medicamentos, descuido com a higiene e saúde, ausência de proteção contra o frio e o calor, entre outras, se caracteriza como negligência.
- Sexual: Qualquer ação na qual uma pessoa novamente usa a força física ou até mesmo a intimidação e a influência psicológica, obrigando a outra pessoa a ter, presenciar ou participar de interações sexuais contra a sua vontade.
- Econômico-financeira e patrimonial: Usufruto impróprio ou ilegal dos bens dos idosos.
- Autoagressão: Conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança, como, por exemplo, agressões contra si próprio(a).
- Autonegligência: Recusa de prover a si mesma dos cuidados básicos necessários à sua saúde.
- Psicológica: Qualquer forma de desprezo, preconceito e discriminação, incluindo agressões verbais ou gestuais, com o objetivo de humilhar, restringir a liberdade ou isolar a pessoa idosa do convívio social.
O que fazer quando suspeitar que uma pessoa idosa está sendo vítima de violência?
Ser atencioso e conversar com o idoso, faz com que ele se sinta mais a vontade e tenha mais confiança de contar algo que esteja acontecendo com ele. Logo, se a suspeita persistir ou se confirmar, deve-se comunicar ao Conselho do Idoso, Ministério Público ou Delegacia de Polícia, que são os órgãos responsáveis por tomar as devidas providências nestes casos.
Caso eu seja uma pessoa idosa vítima de violência, como proceder?
Converse com alguém que seja confiável, conte o que está acontecendo e peça ajuda a um profissional de saúde da unidade mais próxima de sua casa. Outra opção é buscar o Conselho do Idoso, Ministério Público ou a Delegacia do Idoso.
Fiquem atentos!
As violências nem sempre deixam marcas visíveis, mas tem um poder muito grande de abalar a parte sentimental/psicológica do idoso, gerando doenças sérias, como por exemplo a depressão.
Estamos todos juntos lutando a favor desta causa! Diga NÃO à Violência contra o Idoso!
Fontes consultadas: www.jusbrasil.com.br / http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br / www.onu.org.br / http://www.blog.saude.gov.br e portaldoenvelhecimento.org.br