2021. O Conselho Geral atualiza as estatísticas internacionais sobre a presença da Sociedade de São Vicente de Paulo no mundo

Conselho Geral Internacional

Quantos países realmente existem no mundo? Não é fácil responder a esta pergunta. Em primeiro lugar, o que o conceito de “país” abrange? Aprofundando a questão, o Conselho Geral constatou que havia grandes diferenças nos números apresentados oficialmente. Algumas informações interessantes: a ONU reconhece 193 países do mundo; o Comitê Olímpico Internacional conta com 206; enquanto na lista da FIFA (para os fãs do futebol) constam 211.

Alguns observadores, que consideram a lista da ONU “artificial” ou fora da realidade, estimam que há, de fato, 324 países ao redor do mundo! Na verdade, este número varia de acordo com os critérios políticos e sociais que cada um se embasa para definir o que é um “país” ou “nação”. No entanto, as avaliações são divergentes. As diferentes listas que nos são apresentadas têm vantagens e desvantagens, mas são estabelecidas com base nos critérios de cada instituição.

Uma vez que nenhuma dessas listas é considerada totalmente satisfatória para a Sociedade de São Vicente de Paulo (se seguirmos os critérios da ONU, por exemplo, nós não consideraríamos diretamente vários de nossos países vicentinos), o Conselho Geral optou por não adotar nenhuma das listas existentes e comunicar a sua própria lista de países vicentinos, seguindo, assim, a tradição das origens da SSVP.

Os países ou nações que, por razões de clareza, chamaremos de “territórios vicentinos”, são aquelas entidades vicentinas que foram constituídas ao longo dos tempos por razões ligadas à história, à cultura, à política local e ao próprio desenvolvimento da Sociedade em determinada área do planeta. Esclarecemos que o conceito de “território vicentino” não coincide sistematicamente com o “território nacional”.

Atualização constante das estatísticas

Em relação à nossa Sociedade, sempre há uma dificuldade adicional. Nos últimos anos, as estatísticas estavam desatualizadas, estando os números aproximados, não sendo objeto de um estudo aprofundado. Foi o nosso 16º Presidente Geral, confrade Renato Lima de Oliveira, que decidiu esclarecer a situação e “colocar as cartas sobre a mesa”.

A lista completa dos “territórios vicentinos” foi elaborada com muito rigor, considerando as últimas informações apresentadas por nossos 12 Vice-Presidentes Territoriais Internacionais (VPTIs)  referente à situação de nossa Sociedade em cada região.

A partir de agora, o Conselho Geral pretende atualizar essas estatísticas, todos os anos, como ensina a Regra, a fim de manter “uma visão exata da verdadeira dimensão da Sociedade” (artigo 6.2.2 dos Estatutos Internacionais). Atualmente, a nossa Sociedade está, portanto, presente nos 5 continentes, em 152 “territórios vicentinos” (dados de 31 de dezembro de 2020) ou em 139 países da lista da ONU. Estes são os dados por continente:

ContinentesTerritórios vicentinos
África41
América36
Ásia33
Europa32
Oceania10
TOTAL152

Para consultar a lista completa, clique no seguinte link:

POR presença SSVP 2021

Crescimento imenso

Desde que os sete fundadores tiveram a inspiração divina de estabelecer, em 1833, a Sociedade de São Vicente de Paulo, a entidade vem crescendo de forma contínua:

ANOEVENTOPRESENÇA NO MUNDO
1833Primeira Conferência de CaridadeFrança
1853Morte do Beato Frederico Ozanam17 territórios , incluindo 11 na Europa
1933Centenário da SSVP64 territórios
2000Segundo milênio127 territórios
2021Situação atual152 territórios

Perspectivas animadoras

Esses números, embora muito positivos, nunca poderiam satisfazer integralmente aos vicentinos, pois, como o Beato Frederico Ozanam enfatizou em 1835: “A caridade nunca deve olhar para trás, mas sempre pra frente, porque o número de boas ações no passado é sempre pequeno e as tristezas presentes e futuras que ela precisa aliviar são infinitas.”

Então, a tarefa permanece grande e desafiadora: tantos corações para serem consolados no mundo, tantas pessoas que desconhecem o caminho para a santidade oferecida pelas Conferências – servir e encontrar Deus praticando obras de caridade, de misericórdia e de evangelização.

Então, o Conselho Geral Internacional, por meio do PROJETO SSVP PLUS, continua a missão de expandir a SSVP com entusiasmo, para “desenvolver a Sociedade em todo o mundo”, consolidando as estruturas atuais, animando os Conselhos com algumas dificuldades e inserindo a Sociedade em novos países.

A Sociedade de São Vicente de Paulo tem apenas um desejo: que Jesus, pobre e sofredor, que se encontra vivo na pessoa dos nossos irmãos e irmãs necessitados em todo o mundo, seja amado e servido ainda mais! “Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome!” Salmo 115.

A imagem de São Vicente de Paulo está no Santuário de Fátima, em Portugal

Entidades em comum

Os peregrinos do mundo inteiro – especialmente os vicentinos – que acorrem ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, talvez não saibam, mas uma das imagens que formam parte do conjunto arquitetônico ao redor da basílica refere-se a São Vicente de Paulo, padroeiro de todas as obras de caridade da Igreja Católica.

É uma imensa alegria encontrar a estátua de São Vicente num dos maiores santuários marianos do planeta. Na parte debaixo da colunata do Santuário, podemos encontrar, por meio de painéis de cerâmica com extrema riqueza de detalhes, as estações da Via Sacra. Já na parte de cima, há 18 estátuas de santos devotos de Nossa Senhora (ou fundadores de congregações religiosas).

As imagens dos santos são de mármore e foram produzidas por escultores portugueses renomados, entre eles José Fernandes de Sousa Caldas (1894-1964), que esculpiu a imagem de São Vicente. Sousa Caldas frequentou a Escola de Belas Artes da cidade do Porto e, ao longo da vida, teve inúmeros trabalhos premiados. Suas obras, espalhadas por todo Portugal, revelam uma constante preocupação com a busca da beleza e da perfeição.

Das 18 imagens, quatro são de santos portugueses e estão localizadas na parte central do Santuário: São João de Deus, São João de Brito, Santo Antônio de Lisboa e São Nuno de Santa Maria. Essas esculturas medem 3,20 metros de altura.

As imagens dos outros 14 santos medem 2,30 metros de altura e representam Santa Teresa de Ávila, São Francisco de Sales, São Marcelino Champagnat, São João Baptista de La Salle, Santo Afonso Maria de Ligório, São João Bosco, São Domingos Sávio, São Luís Maria Grignion de Montfort, São Vicente de Paulo, São Simão Stock, Santo Inácio de Loyola, São Paulo da Cruz, São João da Cruz e Santa Beatriz da Silva.

A escultura de São Vicente de Paulo é a quarta do lado direito da colunata, sob o ponto de vista de observação da basílica para a esplanada, de dentro para fora. Os nomes dos santos encontram-se inscritos nas pilastras de sustentação das imagens, auxiliando os peregrinos a identificá-los mais facilmente.

“Como podemos perceber, São Vicente de Paulo está rodeado de grandes santos da Igreja Católica, sendo abençoado diretamente por Nossa Senhora de Fátima. Ele é considerado, também, um apóstolo mariano diante da forma como reverenciou Maria Santíssima, e pelos seus exemplos de santidade, pelo amor aos pobres e pela fidelidade a Nosso Senhor Jesus Cristo. Indo a Portugal, não deixe de visitar Fátima. A cidade fica a 130 km de distância de Lisboa e a 200 km do Porto. É um local de paz, de oração e de encontro com Deus”, comentou o confrade Renato Lima de Oliveira, 16º Presidente-geral da SSVP, devoto de Nossa Senhora de Fátima.

Sociedade de São Vicente de Paulo atende 74 mil famílias em situação de necessidade

Comissão de Jovens do Conselho Central São Lucas

Voluntários da SSVP, em especial os mais jovens, trabalham durante a pandemia para garantir alimentação de famílias carentes em todo o Brasil

Em 16 de outubro é celebrado Dia Mundial da Alimentação. Neste ano, o foco da campanha que marca a data não poderia ser diferente: chama a atenção para a necessidade de esforços globais para que todos tenham acesso à alimentação segura, saudável e nutritiva em tempos da pandemia causada pelo coronavírus, fato que agravou os problemas econômicos em muitas populações carentes.

Atenta ao impacto da pandemia nas famílias brasileiras, a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), atingiu a marca de 74 mil famílias assistidas em todo o Brasil, com oferecimento de alimentos e itens básicos de higiene, além da organização de mais de 600 lares de idosos. “Esse não é um Dia da Alimentação Comum, então precisamos de ações incomuns”, alerta o presidente da SSVP Brasil, confrade Cristian Reis da Luz.

De acordo com Cristian, a SSVP, que conta hoje com cerca de 153 mil voluntários no Brasil, se organizou para que, durante o período da pandemia, os vicentinos mais jovens pudessem realizar as visitas semanais às famílias em necessidade, a fim de manter e até reforçar sua atuação nesse período de crise. “Ao mesmo tempo em que nossa instituição trabalha para pensar soluções a longo prazo, que possam dar condições para que as famílias tenham oportunidade no futuro, temos uma linha de frente voltada para o enfrentamento do dia a dia, oferecendo alimento para quem não tem o que comer agora. É uma situação delicada em muitos lares, que precisam, de ajuda com urgência. Por isso, nossos membros mais jovens não pararam de visitá-los, a fim de levar ajuda”, conta.

Dados divulgados em setembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelaram que quatro em cada dez famílias brasileiras não têm acesso regular e permanente a uma quantidade e qualidade suficiente de comida. Isso significa que e4ssa parcela da população precisa limitar o tipo ou a porção de alimentos que vão à mesa, ou até mesmo passar fome.

A situação é pior em lares chefiados por mulheres e negros. Também é mais grave entre crianças e adolescentes, e locais mais afastados, como zona rural e Região Norte do país.

“A pandemia trouxe com ela também o problema da diminuição de renda, o que afetou diretamente a geladeira das famílias. O que nós, da Sociedade de São Vicente de Paulo, trabalhamos, é oferecer ajuda agora e pensar em planos para o futuro. Isso passa pela conscientização da sociedade para o problema que atinge muita gente”, relata o confrade Cristian, complementando que “Todos nós podemos fazer um pouco. Além das pequenas doações que, somadas, ajudam muito, podemos, por exemplo, evitar o desperdício de alimentos em casa. Esse é um ato que já ajuda em diversas esferas”. 

O confrade Sidney Batista França, da ConferênciaSão Pedro, de Jacaraípe, ES, escreveu recentemente em artigo em nosso site: “Neste período de pandemia, a juventude tem sido provocada a estar na linha de frente e assumir grandes responsabilidades. Sabemos que boa parte dos membros da SSVP são pessoas que estão no grupo de risco e cabe a nós jovens vicentinos a missão de ir levar as cestas básicas e atender as inúmeras famílias que hoje precisam do nosso auxílio e nossas orientações”.

Proatividade dos Jovens em Belo Horizonte

A Comissão de Jovens do Conselho Central São Lucas, sensibilizada com a situação que vivem os moradores de rua da cidade de Belo Horizonte, MG, e querendo cumprir com suas funções de: recrutar e reavivar o carisma vicentino, aderiu à ideia da conferência de jovens São João Paulo II e desenvolveu a ação chamada “Vicentinar”. De acordo com o coordenador da comissão de jovens, confrade Müller, como eles não conseguiam de imediato garantir a promoção dos Mestres e Senhores em situação de rua, buscavam oferecer um pouco de cuidado, na tentativa de amenizar o impacto causado pelo descaso social. A ação intitulada “Vicentinar”, corresponde para estes Jovens Vicentinos, um verbo de ação somado com carisma vicentino, era preciso fazer alguma coisa, e eles foram lá e fizeram. No começo entregaram 70 refeições quentes às pessoas que vivem nas ruas. Até antes da pandemia, o número chegou à marca de 200 refeições entregues, uma vez por mês.

Confrade Müller nos conta que enxerga nesta ação uma possibilidade também de recrutar mais jovens para as conferências, pois muitos se sentem sensibilizados pela atitude dos vicentinos e querem conhecer mais de perto como tudo funciona. Além de integrar os jovens vicentinos com os demais vicentinos do Conselho Central, pois para a preparação das refeições conta com a ajuda dos demais vicentinos da área e também de outros ramos da Família Vicentina. Todo preparo dos alimentos é realizado nas casas de voluntários, bem como todas as doações são conseguidas por meio de arrecadações no bairro, nas igrejas e com muitos voluntários.

Com a chegada da pandemia do Covid-19, os jovens se viram num desafio ainda maior: manter a atividade, respeitar as normas sanitárias de higiene e o isolamento social, bem como as orientações das lideranças vicentinas. O que para muitos poderia ser motivo para suspender a ação, para estes jovens foi mais um impulso de fazer acontecer o Carisma Vicentino. Decidiram por continuar, pois sabiam que muito mais pessoas precisavam daquelas refeições e que a solidariedade de fato vencerá a pandemia. Por conta da pandemia, a ação passou a ser 1 vez por semana e não mais 1 vez por mês, ou seja, aumentaram a rotina de trabalho, em vez de 200 refeições, passaram para 550 refeições no mês. Contam com 50 vicentinos e voluntários, sendo a maior parte jovens. Tomando os devidos cuidados solicitados pelos órgãos públicos de saúde e orientações dos dirigentes vicentinos, eles saem pelas ruas da cidade com máscaras de proteção, luvas e produtos de higiene para entregar as refeições quentes, minimizando assim, os efeitos da pandemia com os moradores de rua.

Atualmente, a Comissão de Jovens é formada por 5 jovens membros, cada um com uma responsabilidade. E é esta comissão a responsável por integrar as demais conferências juvenis do Conselho nas atividades que realizam. “A caridade é o samaritano que derrama o azeite sobre as feridas do caminhante que foi atacado”, a juventude vicentina encontra Deus na pessoa do Pobre com ações concretas, e guiados por São Vicente de Paulo que nos pede para “amar a Deus com o suor do rosto e com a força do braço”, e são com estas convicções que a Comissão de Jovens do Conselho Central São Lucas, vem compartilhando Caridade e Esperança e respondendo efetiva e concretamente para combater os efeitos da pandemia.

Fonte: ssvpbrasil

SÃO VICENTE DE PAULO: FONTE DE INSPIRAÇÃO

Crédito da imagem: divulgação

“O amor efetivo é o exercício das obras de caridade, o serviço aos pobres assumido com alegria, coragem, constância e amor” (São Vicente de Paulo) (1).

São Vicente de Paulo: fonte de inspiração…

          Sim! São Vicente de Paulo é fonte de inspiração!

Porém, o título desta reflexão termina com “reticências (…)”, que é um sinal de pontuação que indica a interrupção – “momentânea” – de uma ideia, proposição ou pensamento para ser concluído posteriormente. Portanto, o tema da presente meditação visa redescobrirmos “depois das reticências” por quais razões o “Pai dos Pobres” é fonte de inspiração.

Entretanto, antes de prosseguirmos com esta reflexão, convém recordar que a palavra “inspiração” significa o mesmo que: impulso; influência; iluminação; centelha; estímulo (2). Assim, constatamos a multiplicidade e riqueza dos conceitos do termo “inspiração”, a tal ponto, que podemos acreditar – firmemente – que São Vicente de Paulo é na verdade, fonte inesgotável de inspiração… Então:

— São Vicente de Paulo é impulso: que incentiva todos nós para caminharmos na direção de ações do bem, de modo especial, pelo próximo que sofre. E assim, ensina: “Ajamos com todo cuidado ao oferecer nossas ações a Deus, sobretudo as mais importantes; agindo desta maneira tudo o que fizermos será de seu agrado”(3).

— São Vicente de Paulo é influência: benéfica e generosa em nossas vidas, que impele todos nós para a conversão, no intuito de sermos autênticos e eficazes colaboradores na promoção de quem vive no estado de penúria. Por isso, aconselha: “Quem por amor se converte a Nosso Senhor, cheio de amor dirige-se ao homem, para tirá-lo de sua miséria espiritual e material” (4).

— São Vicente de Paulo é iluminação: sempre presente para mostrar tudo o que devemos fazer, quando tivermos a intenção de realizar boas obras em benefício dos empobrecidos e pressentirmos qualquer tipo de insegurança. Daí, orientar: “Deus nos ilumina e nos dá força para podermos realizar nossa missão” (5). E também: “Quando formos fazer alguma boa obra, perguntemos ao Filho de Deus: “Senhor, se estivésseis em meu lugar, como agirias nesta ocasião?” (6).

— São Vicente de Paulo é centelha: que como faísca “incendeia” nossa mente para entendermos a importância da “vida de oração”, pois é indispensável mantermos intensa e constante comunicação com Deus, tendo em vista, fortalecer nossa vocação no propósito de melhor servirmos os mais necessitados. Por esse motivo, recomenda: “Nada existe mais parecido com o Evangelho que armazenar de um lado luzes e forças para a própria alma na oração, na leitura e na solidão e ir, em seguida, fazer com que as pessoas participem deste alimento espiritual. Isto é fazer como Nosso Senhor fez” (7).

— São Vicente de Paulo é estímulo: que provoca em quem está com o “coração aberto” um genuíno sentimento de “incitação” norteado para o grande projeto de Deus designado a todos nós, ou seja, a “evangelização dos Pobres”. Donde, explica: “Não seria bastante para Deus e para o próximo, dar o alimento e os remédios aos Pobres se a isto não se acrescentasse, segundo o desígnio de Deus, o serviço espiritual, que lhes devemos. Se servirdes os Pobres desta maneira sereis verdadeiras filhas – e verdadeiros filhos – de Deus e imitareis Jesus Cristo, porquanto, de que modo Jesus Cristo servia os Pobres? Servia-os material e espiritualmente” (8).

          Desse modo, isto é, refletindo sobre cada um dos múltiplos significados da palavra “inspiração”, quais sejam, impulso; influência; iluminação; centelha; estímulo, comprovamos – graças a ação do Espírito Santo em nós – que inegavelmente São Vicente de Paulo é fonte de inspiração…, pois como fidedigno manancial, jorra de forma contínua em nossas vidas, evidenciando que a vocação vicentina é rota certeira na caminhada da santidade. Basta, no entanto: “Termos a obrigação de nos incomodar, para auxiliar os pobres” (9).

          Que Nossa Senhora, nesta festividade de São Vicente de Paulo, renove as forças da nossa vocação vicentina para servirmos os Pobres de maneira exemplar e edificante!

“Tenhamos por máxima indubitável que à proporção que trabalharmos na perfeição de nosso interior nós nos tornamos mais capazes de produzir frutos para o próximo” (10).

Colaboração: Confrade João Marcos Andrietta.

Referências:

  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, IX, 595.
  • Cfr. Dicionário “Aurélio”.
  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, XII, 132.
  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, IX, 591.
  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, VIII, 33.
  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, 351.
  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, XI, 41.
  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, IX, 59 (dirigida às Filhas da Caridade).
  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, VIII, 37.
  • Cfr. S.V.P.; Pierre Coste, XI, 29.

S.V.P. = São Vicente de Paulo.

Nota Importante: todas as frases de S.V.P. citadas neste texto, fazem parte da coletânea elaborada pelo Pe. Mizáel Donizetti Puggioli (CM).

Fonte: SSVPBRASIL

São Vicente de Paulo

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mat 22, 37.39).

Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.

Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.

A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a “Congregação da Missão” (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas).

Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.

São Vicente de Paulo, rogai por nós!