Começou a 51ª Romaria Nacional dos Vicentinos ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida/SP

SSVP BRASIL

Neste final de semana acontece a 51ª Romaria Nacional dos Vicentinos ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida/SP. O evento tem como tema neste ano “Maria, renova nosso compromisso vocacional com os Pobres” e vai até o dia 7 de maio

Para melhorar a experiência dos vicentinos durante os dias na casa da mãe, a SSVP Brasil negociou descontos especiais para os visitantes aproveitarem ainda mais a experiência. Os participantes que estiverem com a camisa da Romaria, ou informarem na recepção ou caixa que estão participando do evento, vão ter descontos no Bondinho do Santuário Nacional, no Trem do Devoto e no Restaurante Sagrada Família. 

Além disso, a programação deste ano também terá a participação ativa dos vicentinos e romeiros. Para repostar  nas redes sociais, a SSVP Brasil pede que, além de marcar a @‌ssvp.brasil, use as hashtags #romariavicentinos2023 e #51romariavicentinos.

A coordenação do evento faz alguns pedidos especiais aos romeiros: durante o Festival Cultural Ozanam, no sábado, a partir das 19 horas, todos os participantes que puderem usar branco e, no domingo, dia 7, que s pessoas levem um lenço de TNT na cor da Região da qual fazem parte. A intenção é realizar uma grande festa em honra ao Bem-aventurado Frederico Ozanam e colorir o Centro de Eventos com as cores vicentinas.

Os conteúdos relativos à 51ª Romaria Nacional dos Vicentinos vão ficar fixados no Instagram da SSVP Brasil para que ninguém perca nada. Confira a programação:

5 de maio, às 17h

Terço no Caminho do Rosário;

6 de maio, das 9h às 19h

 9h – Via Sacra no Morro do Cruzeiro;

14h – “Exposição dos 150 anos da SSVP no Brasil”, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida;

15h – Show de Talentos da CCA, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida;

15h30 – Workshop “Conectando a Rede de Caridade”;

19h – Festival Cultural Ozanam, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida;

7 de maio, das 7h às 10h

7h – Festa Regulamentar em Honra ao Bem-aventurado Frederico Ozanam, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida;

10h – Celebração da Santa Missa, no Centro de Eventos Pe. Vitor Coelho de Almeida.

Presidência da CNBB disse que precisou se reinventar em um dos quadriênios mais difíceis da história do Brasil

CNBB

Tendo como ponto de partida a ideia de que “nós comunicamos para humanizar, nós comunicamos para evangelizar”, segundo indicou o bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comissão para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joaquim Mol, e insistindo em que essa comunicação quer ser uma contribuição para que “a sociedade também comunique melhor aquilo que ela tem que comunicar”, iniciou a primeira das coletivas de imprensa da 60ª Assembleia Geral da CNBB que acontece em Aparecida de 19 a 28 de abril de 2023.

“Um encontro de comunhão das diferenças”, insistiu Dom Mol, dado que a assembleia da CNBB é uma “experiência de unidade e de comunhão”, com diferentes, formando “um corpo cujos membros têm funções diferentes e colaboram para uma mesma função”. O bispo auxiliar de Belo Horizonte convidou os profissionais de comunicação a assumir, na dinâmica do caminho sinodal, uma atitude de escuta, apresentando o trabalho da atual presidência da CNBB como um trabalho enorme com peculiaridades jamais imaginadas no decorrer da história, especialmente em razão da pandemia, com realidades que o Brasil nunca tinha vivido.

O arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo, apresentou o “Relatório 2019-2023”. Ele começou agradecendo o trabalho dos meios de comunicação que, num tempo de “tantas mentiras e de tantas divisões”, buscam promover uma comunicação buscando mostrar a verdade e motivar corações para o bem e abrir novos caminhos com o Evangelho de Jesus e com os serviços prestados pela Igreja no coração da sociedade”.

Difícil travessia

O presidente da CNBB definiu este tempo com a metáfora da Igreja como uma barca numa travessia, utilizada pelo Papa Francisco em 27 de março 2020 na Praça de São Pedro. Diante da polarização ideológica vivida no Brasil nos últimos quatro anos do ponto de vista político e dos descompassos que atingem de modo especial os mais pobres e sofredores, a CNBB foi desafiada a “se reinventar para dar novas respostas”.

Dom Walmor classificou os últimos quatro anos como mais difíceis nos 70 anos da CNBB. Contudo, o presidente da CNBB disse ter o coração agradecido e com grande alegria pela experiencia feita pela CNBB com a contribuição de muitas mãos e muitos corações e colaborações competentes, o que fez muitas iniciativas crescerem, mesmo com as dificuldades da pandemia e da situação política.

O arcebispo desafiou a Igreja no Brasil a ser uma Igreja em saída e sinodal, que “vai ao encontro da vida das pessoas e considera aquilo que elas vivem, sofrem, carregam, sonham e, sobretudo, na tarefa de construir uma sociedade justa, fraterna, solidária, porque somos cidadãos do Reino a caminho dele”, dando assim novas respostas, fruto da articulação de muitos que confirma esse caminho como Igreja servidora no mundo, dado que “estamos ao serviço da vida, ao serviço do povo de Deus”, destacou.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo lembrou que nos 70 anos de história, “a CNBB sempre esteve do lado dos pobres e sofredores”, o que a levou a passar por dificuldades e incompreensões, “pela coragem profética de estar ao lado dos excluídos criando uma nova cultura social, política, espiritual e humana”. Nesse sentido, ele lembrou a Ação Emergencial “É Tempo de Cuidar”, desenvolvida pela CNBB no período da pandemia, como importante expressão de solidariedade, que responde buscou responder à exigência do Evangelho de Jesus Cristo de cuidar dos pobres, ainda mais diante do aumento da pobreza e da fome num país que é um celeiro de produção de alimentos do mundo.

Na 1ª coletiva de imprensa da 60ª AG CNBB, o balanço do quadriênio (2019-2023). | Fotos: Juliana Mastelini – Comunicação 60ª AG CNBB.

Cultura da paz

Em relação à violência nas escolas, o presidente da CNBB vê essa realidade como “consequência dos caminhos que nós temos tomado muitas vezes lamentavelmente a partir de lideranças políticas importantes que vêm fomentando o ódio, desavenças, o que compromete a busca pela fraternidade universal”. Frente a isso, seguindo o Pacto Global pela Educação, convocado pelo Papa Francisco, chamou a “encontrar caminhos de diálogo, serviço e indicações concretas” frente à onda de violência nas escolas, pois viver a fé cristã, segundo ele, é humanizar-se, buscando estabelecer a cultura da paz.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário geral da CNBB, respondendo às questões dos jornalistas, falou sobre o Fundo Nacional de Solidariedade. Ele reforçou a importância da Campanha da Fraternidade, como expressão de caridade e solidariedade, que na Quaresma anima a Igreja no Brasil a descobrir o sofrimento alheio desde diferentes propostas. Dom Joel também falou sobre a Coleta Nacional da Solidariedade, realizada sempre no Domingo de Ramos, que alimenta arrecada recursos ao Fundo Nacional de Solidariedade.

Dom Walmor destacou que a CNBB está neste horizonte da sinodalidade na sua história organizacional, com marcas de participação. Em contrapartida, ele defendeu ser necessário maior investimento na sinodalidade, “como uma experiência importante que cria uma nova cultura”, dado que “a CNBB é uma expressão de comunhão dos bispos do Brasil marcadamente sinodal”.

Por padre Luiz Modino (Norte 1) – Comunicação 60ª AG CNBB

Primeira reunião dos Vice-Presidentes Territoriais em 2023

Conselho Geral Internacional

Ocorreu em 25 de março de 2023 on-line.

Em 2021, foi acordado marcar 3 reuniões por ano dos Vice-Presidentes Territoriais – 1 reunião física e 2 reuniões on-line para colocar em dia as questões que estão ocorrendo em todas as regiões.

Dada a eleição do 17ª PGI em Roma em junho e a inauguração do PGI em setembro de 2023, foi considerado apropriado realizar 2 reuniões antes de setembro: esta reunião on-line em março e a reunião presencial em Roma em junho de 2023.

As questões discutidas nesta reunião de março foram:

– As Ajudas Fraternas:  O confrade Arthur Schultze atualizou informações relativas a esta questão;

– Implementação da “Estrutura de Governança Internacional”, uma vez que os Vice-Presidentes Territoriais foram solicitados a trabalhar em sua implementação. Neste ponto, os Vice-Presidentes Territoriais Frank Brassil e Julio Lima compartilharam suas idéias através de apresentações em powerpoint;

– Seguiram-se discussões sobre: o processo eleitoral nacional, questões de comunicação, assuntos a serem discutidos na próxima reunião em Roma e o tipo de relatório a ser apresentado ao 17º Presidente-geral.

Além dos 12 ITVPs, e do confrade Maurice Yeung (Vice-Presidente Internacional para a Estrutura SSVP), houve a presença do confrade Renato Lima (16º PGI), da consócia Marie-Françoise Salesiani (Secretária Geral), do confrade Larry Tuomey (Tesoureiro Geral) e do confrade Sebastian Gramajo (2º Vice-Presidente Geral Adjunto).

Com relação à “Estrutura de Governança Internacional”, o confrade Renato Lima pediu que as apresentações do PPT dos confrades Frank Brassil e Julio Lima fossem traduzidas (nos 4 idiomas oficiais da SSVP) e distribuídas a todos os departamentos relacionados da estrutura da SSVP, bem como aos próprios Vice-Presidentes Territoriais.

Sobre o tipo de relatório a ser preparado para o 17ª PGI, foi feita uma minuta, acordando que este relatório deveria incluir um breve resumo das atividades de cada Vice-Presidente Territorial que deveria estar pronto na última semana de maio de 2023.

Missa em comemoração aos 190 anos da SSVP será transmitida pela Internet neste domingo

SSVP BRASIL

Igreja Santo Estêvão do Monte  sediará Missa dos 190 anos da SSVP

Neste domingo, dia 23, às 10h30 (horário de Brasília), será celebrada uma santa missa em ação de graças pelos 190 anos de fundação da Sociedade de São Vicente de Paulo e pelos 210 anos de nascimento do Bem-aventurado Antônio-Frederico Ozanam. A celebração será organizada pelo Conselho Geral Internacional e pelo Conselho Nacional da França e terá transmissão ao vivo pelo Fabebook da Ozanam TV, em quatro idiomas: francês, inglês, espanhol e português.

A santa missa será concelebrada pelos padres Andrés Motto, assessor espiritual do Conselho Geral, e Jean-François Desclaux, assessor espiritual do Conselho francês, ambos lazaristas. A missa ocorrerá nas dependências da Igreja Santo Estêvão do Monte (Saint-Etienne-du-Mont), onde foi fundada a primeira Conferência. Hoje, funcionam duas Conferências nesta paróquia, uma inclusive formada por jovens.

Para os vicentinos que estiverem presencialmente ao evento, antes da missa, haverá uma palestra sobre “O Pensamento Político de Ozanam”, a ser proferida por Charles Vaugirard, autor do livro de mesmo título (2021). Haverá ainda uma rápida peregrinação à Igreja de São Medardo.

Após a celebração, os presentes visitarão a Paróquia Santa Rosalie (onde recentemente o Conselho Geral Internacional inaugurou uma placa e um busto alusivo a Ozanam) e a sede do Conselho Geral, para conhecer o “Espaço Histórico Ozanam”, onde acontecerá uma confraternização vicentina.

Os links estarão ativos nos canais da Ozanam TV no Facebook cerca de 15 minutos antes do início da missa.

Henri Planchat, confrade e depois sacerdote, será beatificado em abril

Conselho Geral Internacional

Ele foi um dos mártires mortos durante a Comuna de Paris, de 1871

A Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) e os Religiosos de São Vicente de Paulo (RSV), assim como toda a Família Vicentina e a Santa Igreja, estão em festa pela beatificação do padre Henri Planchat, que foi membro de uma Conferência Vicentina em Paris, nos primeiros anos da nossa Sociedade.

Mathieu-Henri Planchat (1823-1871) nasceu na cidade de La Roche-sur-Yon, França. Era oriundo de uma família abastada e muito piedosa, cujo pai era um magistrado. Em atenção ao pedido do pai, Planchat formou-se em Direito na Universidade de Paris Panthéon-Sorbonne, mas logo depois ingressou no Seminário de São Sulpice para estudar Teologia. 

Confrade e sacerdote

Durante os estudos teológicos, ele participou daConferência São Lamberto entre os anos 1843 e 1850. Neste período, conheceuoconfrade Jean-Léon Le Prevost, que era presidente da Conferência São Sulpice. Em 1845, Le Prevost acabava de fundar, juntamente com outros dois confrades (Clément Myionnet e Maurice Maignen), a Congregação dos Irmãos de São Vicente de Paulo (RSV).

O jovem Henri passou a se dedicar, com eles, no serviço dos pobres e dos adolescentes da periferia de Paris. De acordo com seu bispo, três dias após a ordenação, no dia 21 dezembro de 1850, Henri Planchat se apresentou a Le Prevost para ser recebido como o primeiro sacerdote da nova Congregação, que até então só possuía irmãos.

A atuação religiosa do padre Henri Planchat foi bastante destacada. Ele deixou a vida cômoda que possuía para servir aos pobres, atuando como capelão em diversas obras da SSVP e da própria congregação. Ele visitava os pobres e os doentes, dirigiu uma obra para menores de rua e adolescentes aprendizes, com forte predileção pela formação cristã infantil e da juventude. Em 1862, a pedido das Conferências Vicentinas de Paris, foi nomeado capelão do Patronato de Santa Ana, que contava com centenas de crianças e jovens. Ele era chamado de “apóstolo dos subúrbios” por seu trabalho próximo do povo.

Quando a Guerra Franco-Prussiana começou (1870), ele se uniu ao movimento patriótico em favor dos feridos evacuados para a capital e dos soldados encarregados de sua defesa. A pedido do confrade Paul Decaux, Vice-presidente do Conselho Particular de Paris (SSVP), ele instalou uma ambulância para cuidar das pessoas feridas.

Comuna de Paris

Depois da guerra de 1870, eclodiu a “Comuna de Paris”, um movimento de inspiração comunista que durou 72 dias, com muitas batalhas sangrentas pela cidade. Henri Planchat nunca se envolveu em lutas políticas, e sua preocupação era com os feridos das guerras e a segurança das crianças e jovens.

No mesmo dia em que a “Comuna de Paris” começou, em 18 de março de 1871, um bando de insurgentes invadiu o Patronato de Santa Ana com o pretexto de apreender armas, mas nada foi encontrado. Dias depois, o patronato voltou a ser invadido. Planchat foi interrogado, humilhado, espancado e preso por dois meses, juntamente com outros religiosos e civis.

Em 26 de maio de 1871, numa emboscada anarquista, Planchat e outros companheiros foram violentamente fuzilados, durante o terrível “Massacre da Rua Haxo”. Ele tinha 47 anos de idade. Após sua morte, a reputação do Padre Planchat como mártir se espalhou rapidamente.  Em 1897, a fase diocesana do processo de beatificação foi aberta em Paris. Após ser introduzida em Roma em 1964, esta causa finalmente recebeu o voto unânime dos consultores em outubro 2020, e dos teólogos do Dicastério para as Causas dos Santos em maio de 2021.

É importante ressaltar que a Comuna de Paris, além de interesses sociopolíticos, era profundamente adversa à religião. Os “comunas” consideravam a religião como “um obstáculo que devia ser eliminado”. O ódio à fé ficou evidente diante das inúmeras destruições de igrejas e pilhagens que ocorreram nos lugares de culto.

Beatificação

Após o parecer positivo, no dia 25 de novembro de 2021, o Papa Francisco reconheceu o “martírio de fé” do Padre Planchat e de outros quatro líderes católicos que morreram durante a Comuna de Paris, chamados de “Mártires da Rua Haxo” (Ladislas Radigue, Polycarpe Tuffier, Frézal Tardieu e Marcellin Rouchouze), e assinou o decreto da beatificação deles, cuja cerimônia acontecerá no dia 22 de abril de 2023, 16h, na Igreja São Sulpice, em Paris.

Os restos mortais do confrade (e padre) Henri Planchat repousam no Santuário de Nossa Senhora da Salete, em Paris, no Distrito 15. Em julho de 2021, o confrade Renato Lima de Oliveira, 16º Presidente-geral da SSVP, visitou o Santuário e rezou em frente à lápide de Henri Planchat. No Distrito 20, onde ficava a obra do Patronato de Santa Ana, a Prefeitura de Paris o homenageou dando o seu nome a uma rua, que foi rebatizada como “Rua Planchat”.

O Conselho Geral Internacional estará representado na cerimônia de beatificação por meio da Secretária-geral, consócia Marie-Françoise Salesiani-Payet, pelo Secretário-geral Adjunto, confrade Jean-Marc Ossogo, e pelo assessor espiritual internacional, padre Andrés Motto (CM). Pedimos que na semana do dia 22 de abril, em todas as Conferências vicentinas pelo mundo afora, seja rezado um Pai-Nosso pela alma do querido confrade (e depois padre) Henri Panchat.

Clique aqui para ler um pouco sobre a história dos Religiosos de São Vicente de Paulo, por meio do livro “Maurice Maignen: apôtre du monde ouvrier”, escrito por Richard Corbon.