POR UMA IGREJA PROFÉTICA E MISSIONÁRIA
“Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (1Co 11, 1)
Diante do que estamos vivenciando, isto é, momentos catastróficos e infelizes, perguntemos: “como está sendo nosso testemunho profético e missionário como Igreja em nossa sociedade?”. E nesse sentido podemos refletir que o nosso mundo anseia de profetas comprometidos com o anúncio do amor e da misericórdia, para que pelos testemunhos de fé possam ser cada vez mais missionários de Jesus Cristo a serviço do Reino de Deus.
E quando falamos da atividade missionária da comunidade eclesial, precisamos passar da missão à missionariedade, do objeto (o que fazer) ao sujeito (quem vai fazer). E o profeta escolhido é consagrado por Deus desde o ventre materno (cf. Jr 1, 4 – 5) para ser a esperança que sustenta a missão da Igreja tornando-a peregrina e missionária incumbida de levar o Evangelho até os confins da terra (cf. Mt 28,19).
A Igreja é toda missionária, pois seus membros atuam de diversos modos, de acordo com seus dons e talentos, estando a serviço da evangelização, pois, “evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, sua mais profunda identidade.” (cf. Evangelii Nuntiandi, 14)
Preocupando com a humanidade em sua totalidade permanecendo sempre a serviço e colaborando concretamente para a libertação da humanidade, a Igreja assume um compromisso indispensável do processo de evangelização, que é a fidelidade a continuidade da missão de Cristo.
Ademais é de suma importância, pois, proclamar prontamente a necessidade de libertação da pessoa humana, a fim de que se possa superar a situação de injustiça que exclui cada vez mais pessoas do acesso aos bens indispensáveis a uma vida digna e justa.
Por fim, vai nos dizer Papa Francisco que “a Igreja não é uma organização assistencial, uma empresa, uma ONG, mas uma comunidade de pessoas, animadas pela ação do Espírito Santo, que viveram e vivem a maravilha do encontro com Jesus Cristo”. Por isso, não faz sentido a ação social se ela não estiver enraizada no Evangelho, uma vez que “sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo” (cf. Caritas in veritate, n. 3)
Seminarista Vinicius Alves de Oliveira, C.M.
Congregação dos Padres e Irmãos Vicentinos – Lazaristas
Artigo publicado na Revista Vicentina Adoremos, edição 1007, ano 102.
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