Mensagem do presidente: O Bem dos Pobres
Confrade Wellington Corrêa, presidente do CMBH/SSVP
Constantemente utilizamos o termo “O Bem dos Pobres” na Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) para dizer de nossas intenções e justificar os atos que realizamos em benefício dos pobres que ajudamos.
Com certeza todos que fazem parte da SSVP procuram ou deveriam desejar a santificação pessoal através da doação gratuita, a caridade para com os que necessitam. Um dos pré-requisitos para ingressar na Sociedade é possuir índole e interesses de bem comum, não visando a promoção pessoal como trampolim para conquistar poder ou colocações sociais melhores.
Ao tornar-se vicentino, o confrade e a consócia necessariamente precisa conhecer a Regra da SSVP e participar com frequência dos cursos promovidos pela Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam (Ecafo). São Vicente de Paulo e o Beato Ozanam são exemplos porque não serviram com ignorância de conhecimento e a falta da verdade, pelo contrário serviram-se de inteligência, honestidade e a constante reflexão pela verdade e pela existência para administrar com a consciência o que é dos pobres.
Todo o patrimônio constituído pela SSVP pertence aos pobres e assistidos, afinal foram conquistados pela confiança de que homens e mulheres, pessoas de honra, administrariam e fariam chegar a quem precisa o sustento para a promoção humana.
Os bens da SSVP são dos pobres, assim vale recorrer ao Capítulo VI, da Regra Vicentina, sobre Patrimônio, no artigo 41: “Os bens patrimoniais de qualquer Unidade Vicentina deverão ser conservados e administrados sempre a serviço das respectivas finalidades sociais e específicas da SSVP, não se permitindo seu uso particular de forma gratuita por Associados, confrades e consócias.”
Outro ponto importante a ser conhecido refere-se à doação ou destinação de recursos que são os bens dos pobres para outra finalidade que não seja a promoção social: “Os vicentinos não devem esquecer nunca que fazer dádiva do seu amor, das suas capacidades e do seu tempo é mais importante que a dádiva em dinheiro. No entanto, a Sociedade consagra meios financeiros e materiais para aliviar as dificuldades dos que estão em necessidade. Na gestão dos fundos da Sociedade são necessários grande cuidado e extrema prudência, e outro tanto é necessário de generosidade. A acumulação de dinheiro é contrária à tradição vicentina. As decisões, quanto ao emprego dos fundos e dos bens, são tomadas colegialmente, depois de madura reflexão, à luz do Evangelho e dos princípios vicentinos. São dadas contas de todas as quantias recebidas e gastas. A Sociedade não deve destinar os seus fundos a outras associações, salvo, ocasionalmente, a outros ramos da Família Vicentina ou em casos muito excepcionais”. (Regra da SSVP, Parte 1, Item 3.14)
Não podemos, terminamente, de modo algum, doar ou investir o dinheiro ou patrimônio da SSVP, que são dos pobres, para outras Entidades, Igrejas, Movimentos, quermesses nas Comunidades ou promover ações em nome da SSVP para destinar dinheiro a outra finalidade que não sejam as unidades vicentinas. O dinheiro dos pobres é para promover quem mais precisa. É inadmissível que a Sociedade de São Vicente de Paulo mude o foco seu trabalho e de sua ação caritativa.
Devemos ter como segunda bíblia a Regra da SSVP para consultarmos sempre que faltar luz e espiritualidade para resolver os assuntos práticos da realidade vicentina. Entretanto, nunca devemos abandonar a espiritualidade que é capaz de transformar realidades. Somente a experiência com Jesus Cristo muda nosso jeito de pensar e agir, resgatando nossa inteireza de coração e espírito.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Por Confrade Wellington Geraldo da Silva Corrêa
15º Presidente do Conselho Metropolitano de Belo Horizonte da Sociedade de São Vicente de Paulo
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Artigo publicado na Revista Vicentina Adoremos, Julho.
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muito oportuno o artigo, sugiro que seja feito anexo para que se chegue a todas unidades vicentinas. LSNSJC!